quinta-feira, 26 de setembro de 2013

Sertão baiano foi beneficiado por programas federais

Na região do sertão da Bahia, a participação e ingresso de agricultores em programas de incentivo do governo federal, nos anos de 2009, 2010 e 2011, teve um efeito positivo. 

Programas PNPB e PNA fortaleceram produtores do sertão da Bahia | Vinícius Morende

No município de Morro do Chapéu (BA) ocorreu a profissionalização do cultivo da mamona, impulsionada pelo Programa Nacional de Produção e Uso do Biodiesel (PNPB) que, juntamente com o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), tinham como objetivo fortalecer a agricultura familiar.

Para entender como a vida daqueles agricultores a partir daquele momento, o jornalista Vinícius Navarro Morende pesquisou e comparou os efeitos econômicos e políticos das duas iniciativas (PNPB e PNA) aplicadas na região, no então governo Lula. A dissertação de mestrado Plantar alimento ou combustível? Formação territorial no sertão baiano foi apresentada na Escola de Artes, Ciências e Humanidades (EACH) da USP, sob orientação do professor  Sidnei Raimundo.

Os programas
O PNPB visava estimular a agricultura familiar da região a investir nas plantações de mamona. Para tanto, o governo comprava grandes safras do produto para a produção de biodiesel. Com a valorização da cultura, os agricultores passaram a ganhar muito mais dinheiro e a mamona passou a ser tratada como comodity. “Os agricultores deixaram de vender aos poucos e passaram a armazenar grandes quantidades”, explica Morende. Para o agricultor familiar do semiárido, isso representou uma grande mudança.

Com grandes lucros, os agricultores furaram poços para obter água e compraram equipamentos. O PNPB gerou um volume de rendas e empregos inéditos e ajudou a profissionalizar a agricultura na região. Além disso, os produtores tinham acesso a assistências técnicas que acompanhavam as propriedades que estavam produzindo mamona para o programa. Eram ensinadas técnicas consideradas certas pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). O acesso a essas técnicas qualificou os produtores com o conhecimento técnico e científico, com o objetivo de aumentar a produção.

No programa, a Cooperativa de Produção e Comercialização da Agricultura Familiar (COOPAF) fazia um intermédio, auxiliando os agricultores na venda das safras da mamona para as grandes empresas envolvidas na produção do biodiesel, como a Petrobrás.

Segundo o pesquisador, o PNPB desenvolveu a cidade como um todo: as estradas passaram por reformas, propriedades rurais inativas voltaram a produzir, houve maior fixação do homem no campo, que absorveu a mão de obra da região e evitou migração para outros centros urbanos.

Já o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) foi parte do programa Fome Zero e sua função é incentivar a produção de alimentos, também por meio da agricultura familiar, com garantia de preços mínimos regulados pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Há incentivos para a plantação e produção de alimentos na localidade.

O PAA também conta com o apoio da COOPAF, que comprava produções de artigos como biju, farinha, mel, derivados da mandioca, etc, provindos de famílias da região, montava pacotes com esses produtos e doava para famílias carentes da região. A COOPAF acessava verbas do governo federal para a compra dos produtos. O PAA garantia a compra de mercadorias, gerando renda estável (antes do PAA, os produtores vendiam seus artigos em feiras da região, sem garantia de venda total), mas cobrando regularidade de produção.

Segundo o pesquisador, no Morro do Chapéu o PNPB acabou por atrair mais que o PAA, então passou-se a investir mais em combustível que em alimento. O beneficio era mais atrativo para a plantação da mamona. “O PNPB teve um volume muito maior de investimentos então os resultados dele são muito mais evidentes”, relata. O PAA teve efeitos menores, mas beneficiou muitas pessoas com geração de renda estável.

A desvalorização
O PNPB foi iniciado em 2007 e no ano de 2009 a empresa Petrobrás entrou como colaboradora, comprando safras. A chegada da gigante Petrobrás representou o boom da mamona, nos anos 2009, 2010 e 2011. A supervalorização aumentou seu preço a ponto de inviabilizar o uso da mamona para o biodiesel.

Como a mamona não era o único produto ideal para o biodiesel, a Petrobrás deixou de investir em sua compra e passou a investir ainda mais na soja, no ano de 2011. “A cultura da mamona passa por um período de instabilidade”, afirma Morende. Parte da produção é destinada à indústria de cosméticos, mas não há garantia de assistência técnica, diminuindo e desestabilizando a produção.

Aproximadamente 99% do biodiesel atualmente vem da soja, que não é um produto da agricultura familiar, mas do agronegócio. Essa mudança de foco no projeto representa um desvio do objetivo: “o principal beneficiário do programa deveria ser a agricultura familiar e não é o que vem acontecendo”, relata. Segundo o pesquisador, o estudo dá respaldo para que os agricultores cobrem as autoridades quanto aos rumos tomados pelo programa.

Por Rúvila Magalhães | Agência USP

segunda-feira, 23 de setembro de 2013

Primeiro Projeto Agroextrativista do Incra/MG é resistência a monocultura

Com a criação do primeiro Projeto Agroextrativista (PAE) do Incra/MG, comunidades tradicionais têm de volta território ocupado pela monocultura de eucaliptos na década de 80. 

O PAE Veredas Vivas, no município de Rio Pardo de Minas (MG), foi oficializado pela autarquia em solenidade realizada na sexta-feira (20), em Montes Claros (MG).

O ato de assinatura da portaria de criação integra as comemorações do Dia Nacional do Cerrado, dia 11 de setembro. A portaria será publicada no Diário Oficial da União nos próximos dias.

A fazenda Vereda Funda, com 4,9 mil hectares, foi doado ao Incra pelo Instituto de Terras de Minas Gerais (Iter/MG) após ser discriminado como terra devoluta. Apesar de ainda viverem na região, as 100 famílias que serão alocadas viram seu território diminuído após o rápido avanço dos plantios de eucalipto na década de 1980.

Com a criação do PAE, estas famílias terão a concessão de uso coletivo de área onde poderão resgatar a cultura dos Geraizeiros baseada no extrativismo de frutos como o rufão, a mangaba, o pequi, entre outros. O Projeto prevê ainda a lavoura diversificada e a criação de animais soltos, traços típicos da cultura local.

Além da área comunitária, parcelas familiares foram demarcadas para a residência dos beneficiados. A área de reserva legal também já foi discriminada para a obtenção de licença ambiental.

“A criação desta modalidade de assentamento pelo Incra/MG abre perspectivas no campo dos direitos territoriais das comunidades tradicionais do sertão norte mineiro, principalmente daqueles localizados em terras devolutas do Estado de Minas Gerais”, observa Danilo Araújo, superintendente do Incra/MG .

Daniel Fleming | Comunicação Incra/MG

Boas práticas de manejo nas lavouras de milho Bt

Mato Grosso do Sul recebe campanha da Abrasem sobre boas práticas de manejo nas lavouras de milho Bt

Palestra realizada na cidade de Itapeva, São Paulo | Divulgação

Estado que é o terceiro maior produtor de milho do país contará com duas palestras de conscientização junto a produtores para abordar a importância de preservar a tecnologia do milho geneticamente modificado resistente a pragas 

Terceiro maior produtor de milho no país, o Estado de Mato Grosso do Sul receberá a partir desta semana a campanha nacional de conscientização da Abrasem (Associação Brasileira de Sementes e Mudas) sobre as boas práticas de manejo nas lavouras de milho Bt, o milho geneticamente modificado resistente a pragas, que possibilita a racionalização do uso de defensivos e a proteção do potencial de rendimento da lavoura. A entidade reunirá agricultores para uma palestra sobre o assunto com o entomologista José Magid Waquil, no município de Dourados, no dia 26 de setembro, quinta-feira, às 19h, no Hotel Bahamas, localizado na avenida João Cândido da Câmara. Um segundo encontro com o consultor está previsto para a primeira quinzena de outubro, em Chapadão do Sul.  

O objetivo é orientar os produtores sobre a importância do manejo da resistência de insetos para evitar o processo de seleção de insetos-praga resistentes às toxinas produzidas pelas plantas geneticamente modificadas e preservar a eficiência e o potencial da tecnologia Bt, evitando prejuízos à lavoura. 

Iniciada em julho e realizada pelo quinto ano consecutivo, a campanha nacional da Abrasem já orientou agricultores do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo e Minas Gerais. Depois de Mato Grosso do Sul, serão realizados encontros nos Estados de Mato Grosso e Goiás. Além das palestras, a campanha conta com anúncios nos veículos de comunicação especializados no setor e distribuição de material explicativo. 

O site do projeto, que pode ser acessado no endereço www.boaspraticasogm.com.br, é outra importante ferramenta da ação, trazendo todas as informações necessárias para o produtor, incluindo dados técnicos, além de artigos e a programação de palestras. 

Coordenada pela Associação Paulista dos Produtores de Sementes (APPS), a campanha é resultado de um grupo de trabalho da Abrasem, com a participação de técnicos das empresas produtoras de sementes, e conta com o apoio da Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária). 

Sobre o milho Bt 

O milho Bt é obtido por meio da transformação genética de plantas de milho com genes da bactéria Bacillus thuringiensis (Bt), fazendo com que a planta produza proteínas tóxicas para algumas espécies de insetos. A tecnologia, criada em 1997 nos Estados Unidos, espalhou-se rapidamente devido a sua eficiência e há pouco mais de cinco anos é utilizada no Brasil, representando atualmente cerca de 80% das sementes de milho comercializadas no país.

Os especialistas no assunto explicam que, mesmo com a produção contínua das toxinas ao longo do ciclo, as plantas Bt podem não controlar todas as pragas existentes, pois na população dessas podem existir indivíduos naturalmente resistentes. Daí a importância do manejo da resistência de insetos (MRI). 

José Américo Pierre Rodrigues, superintendente executivo da Abrasem, explica que investindo simultaneamente no plantio de refúgio (plantio de áreas de milho não Bt adjacentes à plantação de milho Bt) e em outras práticas como a dessecação antecipada seguida de inseticida, controle de plantas daninhas, tratamento de sementes, monitoramento seguido de inseticida e rotação de culturas, o produtor conseguirá garantir a longevidade da tecnologia.

Os pesquisadores consideram que a melhor maneira de evitar o desenvolvimento de populações de insetos resistentes ao milho Bt é combinar lavouras de milho Bt com áreas plantadas com híbridos sem a tecnologia Bt. Dessa forma, os poucos possíveis insetos resistentes que sobreviverem na lavoura Bt irão cruzar com insetos suscetíveis presentes na lavoura de milho não Bt. Algumas possibilidades de "desenho" da lavoura, utilizando refúgio, estão disponíveis no site da campanha.

Na opinião do consultor José Magid Waquil, contratado para comandar as palestras, a campanha de conscientização é de grande importância para a preservação de uma tecnologia de grande valia para a agricultura nacional.  “O produtor precisa entender que a capacidade da ciência não é infinita e que ele precisa fazer a parte dele”, resume.

Waquil acrescenta que a receptividade nos encontros tem sido excelente. “Os agricultores têm se mostrado interessados em aprender e em executar as medidas preventivas. Acreditamos que no Mato Grosso do Sul, Estado de grande importância para a produção de milho no país, o interesse também será grande, o que será fundamental para o sucesso do projeto”, afirma.

Cássio Camargo, diretor executivo da APPS, ressalta a preocupação com a manutenção da tecnologia. Ele explica que, além de exigir uma quantidade muito menor de pulverizações, o milho Bt tem maior produtividade, tornando-se muito mais rentável. Mas salienta: “Precisamos preservar a qualidade dessa tecnologia, que é muito valiosa para a agricultura nacional”, diz.

As boas práticas de manejo da resistência de insetos

1 - Adoção de áreas de refúgio – O plantio e a manutenção das áreas de refúgio representam o principal componente do plano de Manejo Integrado da Resistência (MIR) das culturas Bt. O objetivo do refúgio é manter uma população de insetos-praga-alvo da tecnologia Bt sem exposição à proteína Bt. 

2 - Dessecação antecipada seguida de inseticida – As culturas antecessoras, assim como as plantas daninhas e voluntárias presentes no ambiente, podem hospedar as principais pragas que atacam a cultura do milho na fase inicial, influenciando a espécie predominante e a pressão inicial das pragas. Assim, no sistema de plantio direto, a pressão de pragas na fase inicial da cultura pode ser maior quando comparada ao sistema de plantio convencional. 

3 - Controle de plantas daninhas – Algumas plantas daninhas podem hospedar insetos-praga das culturas subsequentes, permitindo que uma quantidade significativa sobreviva nas áreas de cultivo no período da entressafra. Além disso, ervas daninhas podem ser fontes de lagartas em ínstares mais avançados, as quais apresentam maior dificuldade de controle pela tecnologia Bt. 

4 - Tratamento de sementes – O Tratamento de Sementes (TS) é uma prática que visa o controle de pragas subterrâneas e iniciais da cultura, período de grande suscetibilidade às pragas. Os danos causados por essas pragas resultam em falhas na lavoura devido ao ataque às sementes após a semeadura, danos às raízes após a germinação e à parte aérea das plantas recém-emergidas. 

5 - Monitoramento seguido de inseticida – O monitoramento é fundamental. A partir dele, toma-se a decisão de realizar ou não uma aplicação complementar de inseticida na lavoura. 

6 - Rotação de culturas – A rotação de culturas consiste em alternar o plantio de diferentes espécies de culturas na mesma área agrícola. Com ela, o produtor melhora as propriedades físico-químicas do solo e reduz a população inicial de alguns insetos-praga da cultura.Serviço

Palestra sobre “Manejo Integrado da Tecnologia Bt”, com o consultor José Magid Waquil, PHD em entomologia
Quando: dia 26 de setembro, quinta-feira, às 19h
Onde: Hotel Bahamas (Rua João Cândido da Câmara, 750, Dourados, MS)
Apoio: Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária)
Entrada gratuita

Sobre a Abrasem – Fundada em 1972, a Associação Brasileira de Sementes e Mudas representa os produtores de sementes e mudas no Brasil, com o objetivo de congregar e orientar as entidades correlatas e associadas, além de coordenar e gerenciar assuntos em âmbito nacional de interesse de suas associadas e da agricultura nacional. Ao todo, a Abrasem reúne 13 associações de produtores de sementes e mudas, 126 laboratórios, 332 unidades de beneficiamento, 1.200 unidades armazenadoras, além do segmento de pesquisa (obtentores). A entidade congrega 537 produtores associados, 42 mil agricultores, 4,4 mil técnicos e 16,6 mil vendedores, além de gerar 1,4 milhão de empregos diretos e indiretos. A entidade atua junto a membros das áreas de pesquisa, produção, multiplicação, beneficiamento, armazenamento e comercialização com o objetivo de obter uma representação mais forte e atuante do setor.

via Rosana Spinelli | Macchina

quinta-feira, 19 de setembro de 2013

Pinhão-manso

O livro Pinhão-manso é o resultado de várias décadas de pesquisa sobre a cultura, com vistas ao conhecimento de seu potencial e de suas utilizações. Em seus 14 capítulos são abordados aspectos como melhoramento genético, sistemas de propagação, qualidade fisiológica de sementes, doenças e pragas, colheita e pós-colheita, extração do óleo e demais produtos. Participam desta edição autores da Epamig de várias instituições do Brasil, culminando numa publicação completa sobre o tema.

O pinhão-manso é bastante explorado em regiões áridas do Nordeste brasileiro e Norte de Minas Gerais, por ser uma espécie nativa, exigente em insolação e com forte resistência à seca. A Epamig e demais instituições pesquisam o pinhão-manso como alternativa agrícola para produção de óleo e subprodutos no âmbito da agricultura familiar, com vistas à diversificação da produção e aumento de renda para os produtores.

EPAMIG- Divisão de Gestão e Comercialização
Telefax: (31) 3489-5002
e-mail: publicacao@epamig.br
Páginas: 524
Preço: R$35,00

via Comunicação Epamig

Núcleo da UFSCar realiza Simpósio Luso-brasileiro sobre Incêndios Florestais

Evento acontece em novembro em parceria com o Programa de Pós-Graduação em Ciências da Engenharia Ambiental da USP e universidades portuguesas

O Núcleo de Estudos e Pesquisas Sociais em Desastres (Neped), do Departamento de Sociologia (DS) da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), em parceria com o Núcleo de Investigação Científica em Incêndios Florestais (NICIF), das Universidades de Coimbra e do Minho (Portugal), e com o Programa de Pós-Graduação em Ciências da Engenharia Ambiental (PPG-SEA), da Escola de Engenharia de São Carlos da USP (EESC-USP), recebem as inscrições para o I Simpósio Luso-brasileiro sobre Incêndios Florestais, que será realizado em novembro.

O evento tem o objetivo de reunir quadros qualificados do meio técnico e operacional do Brasil e de Portugal para que, junto aos pesquisadores das áreas de Geografia, Sociologia e Psicologia, seja feita uma reflexão e discussão acerca de aspectos do desafio subjacente à ocorrência, combate e prevenção de incêndios florestais, nos respectivos contextos nacionais.

As inscrições para participação serão realizadas até o dia 30 de setembro pelo envio, por email, da ficha de inscrição e da cópia do comprovante de pagamento. A ficha pode ser acessada no site 


A exposição de trabalhos será na forma de banner, com inclusão do resumo expandido nos anais do evento, que deve ser enviado junto à ficha de inscrição e ao comprovante de pagamento. A divulgação dos resumos aprovados será feita na página do evento até o dia 10 de outubro. As instruções completas para inscrição e submissão de trabalhos devem ser conferidas no site do Simpósio


O evento ocorrerá no dia 18 de novembro, no Centro de Recursos Hídricos e Ecologia Aplicada (CRHEA-EESC), no campus localizado no município de Itirapina, próximo à Represa do Broa. Mais informações sobre o evento podem ser consultadas no site 

www.simplusobrasif.wix.com/luso-brasil, pelo telefone (16) 3351-8915 ou pelo email desastres@terra.com.br.

Cecília Mazetto |  Comunicação Social da Universidade Federal de São Carlos

Herbicida em nanocapsula minimiza impactos ambientais

Projeto é contemplado com o Edital do Acelerador Tecnológico da Agência Unesp de Inovação

Herbicidas são amplamente utilizados nas plantações, por exemplo, de cana-de-açúcar e milho, produtos que o Brasil é um dos líderes no cultivo. A utilização de herbicidas de maneira indiscriminada faz com que sua transferência para os sistemas aquáticos possa influenciar na qualidade da água e trazer consequências adversas para determinado ecossistema.

Ainda, a eficácia dos herbicidas comuns é baixa, sendo que apenas 2% do total utilizado atinge o alvo, causando assim um baixo rendimento e consequente necessidade de grandes quantidades deste ativos. A tecnologia desenvolvida por pesquisador da Unesp pode aumentar a eficiência dos compostos ativos em atingir os organismos alvos, bem como minimizar os impactos ambientais.

O projeto de encapsulamento de herbicidas, inscrito por Leonardo Fernandes Fraceto, professor da Unesp de Sorocaba, foi contemplado pelo edital do Acelerado Tecnológico de 2012, concurso que selecionou quatro propostas para financiamento de prova de conceito de pesquisa. O projeto contou com a participação de  André Henrique e dos pós-graduandos MSc Anderson do Espirito Santo Pereira, Renato Grillo e Nathalie Ferreira Silva Melo, todos da Unesp de Sorocaba.

Fraceto comentou o processo de desenvolvimento da tecnologia: “Há cerca de 6 anos iniciamos estudos para utilização de nanotecnologia aplicada a agricultura, muitos pesquisadores estudam o desenvolvimento de sistemas carreadores para fármacos e em nosso casso aplicamos essa tecnologia para herbicidas”.

A utilização desses sistemas carreadores minimiza os efeitos de toxicidade e contaminação ambiental, visto que o composto ativo não estará livremente disponível no ambiente, mas sim associado a um sistema carreador que irá liberá-lo de maneira lenta. Com o sistema de liberação modificada, também não serão necessárias aplicações sucessivas, minimizando a quantidade empregada e outras despesas de sua aplicação.

O nano encapsulamento de herbicidas já foi submetido à alguns testes de campo e o pedido de patente foi depositado pela Agência Unesp de Inovação (AUIN).  “Esperamos agora divulgar os resultados para a comunidade Científica/Industrial e esperamos que empresas despertem interesse em licenciar a tecnologia” , completa o professor Fraceto em relação às expectativas da equipe para o invento. 

via Luciana Maria Cavichioli/AUIN/Unesp

Evento inédito online sobre avicultura

O AveConference Day, encontro online com transmissão ao vivo acontece amanhã, 20 de setembro, a partir das 09h 

A AveWorld realiza amanhã, dia 20 de setembro, a partir das 09h, a AVECONFERENCE DAY, o primeiro encontro online com transmissão ao vivo voltado para o segmento da avicultura. Na ocasião, serão abordados os principais temas sobre o assunto por grandes especialistas, por meio do portal www.aveworld.com.br.

A abertura do evento fica a cargo do especialista Luciano Roppa com palestra sobre a situação atual do mercado atual e perspectivas para o milho, soja e carne de frango. Em seguida, o gerente de produtos da Zoetis, Felipe Pelicioni, falará sobre as medidas de manejo para a promoção da sanidade respiratória das aves.

O encontro contará também com o consultor avícola da Ourofino, dr. José Di Fábio, para discutir sobre os problemas entéricos na avicultura moderna; o gerente técnico da BASF, Juan Hilário Ruiz, que abordará sobre o uso de enzimas para otimizar o custo e aproveitamento das rações em avicultura; e a assistente técnico-comercial da Yes e médica veterinária, Marcela Ogawa Sampaio, cuja palestra abordará sobre os produtos para melhorar o desempenho e aglutinar Salmonella e E.coli.

Cada palestra terá duração de 30 minutos, possibilitando aos participantes realizarem perguntas ao vivo aos palestrantes. A programação completa será divulgada nos próximos dias.

Programa:
09h às 09h30 – Situação atual do mercado e perspectivas: Milho, Soja e carne de Frango | Palestrante: Luciano Roppa

09h30 às 10h – Medidas de manejo para a promoção da sanidade respiratória das aves | Palestrante: Dr. Felipe Pelicioni

10h às 10h30 – Sanidade: Problemas entéricos na avicultura moderna | Palestrante: Dr. José Di Fábio

10h30 às 11h – Uso de enzimas para otimizar o custo e aproveitamento das rações em avicultura | Palestrante: Dr. Juan Hilário de Araújo Ruiz

AveConference Day
20 de setembro de 2013, sexta-feira
A partir das 09h

via Renata Cunha | Safeway

Curso de quitandas e doces permite troca de conhecimento entre agricultores mineiros

Cerca de 25 trabalhadores do assentamento Formosa Urupuca, em São José da Safira (MG), receberam um curso de quitandas e doces, na segunda semana deste mês, para terem mais uma alternativa para geração de renda.

O curso foi organizado pelo Centro Agroecológico Tamanduá (CAT), contratado pelo Incra/MG para prestar assistência técnica a 263 famílias de seis assentamentos mineiros.

Tanto o módulo de produção de quitandas, quanto o de doces foi coordenado por agricultoras familiares da região que já produzem para a venda em feiras, para o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) e Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE).

“A perspectiva é que os assentados possam aprender a trabalhar em grupo para terem um acréscimo na renda mensal e na qualidade de vida”, vislumbra Divina Silva, da associação da Comunidade Paiol, de Frei Inocêncio (MG), coordenadora do módulo de Quitandas.

O contato entre quem já produz com quem está aprendendo possibilita a troca de conhecimentos para aprimorar o trabalho. “O foco dessa oficina foi proporcionar a troca de experiência entre agricultoras de diferentes realidades na produção de quitandas e doces, o que pode conferir melhoria na renda, na autoestima e na qualidade de vida das famílias assentadas do Formosa Urupuca. Além disso, a oficina buscou motivar esse grupo, principalmente as mulheres, a trabalharem a organização coletiva da produção”, reitera Carolina Costa, técnica do CAT.

Durante a capacitação foram ensinadas receitas de pães, biscoitos, rosquinhas, doces de leite, abóbora, mamão com coco, cocada e abacaxi com coco.

via Daniel Fleming | Comunicação Incra/MG

Encontro de tecnologia para citricultura em Bebedouro

FMC e FARMatac realizam hoje primeiro encontro de Difusão de Tecnologia para citricultura no Brasil

 Especialistas internacionais, Timothy Gast (Southern Garden- Florida) e Fritz Roka (Universidade da Flórida), abordam custos de produção e avanços no manejo e perspectivas sobre o controle da doença Greening

Com o objetivo de debater informações técnicas e de ponta, a FMC e a FARMatac realizam  hoje
 (19), na Estação Experimental de Bebedouro (SP), o primeiro encontro de Difusão de Tecnologia para Citricultura, um marco para essa cultura no Brasil. Serão debatidos temas de grande impacto para os produtores, como o status de transgenia da citricultura para o controle da doença Greening (esverdeamento) ou amarelão. Produtores, agrônomos, departamentos técnicos dos grandes citricultores de São Paulo e o Grupo Técnico de Consultores de Citrus (GTACC) contarão com apresentações e debaterão os assuntos abordados. 

Especialistas internacionais marcam presença e levam suas experiências para os participantes. Às 10h15, Fritz M. Roka, da Universidade da Flórida – Immokalee, explicará o “Custos de produção da Florida com ênfase em colheita mecanizada”. Já o tema “Avanços no manejo de Greening e perspectivas futuras com relação a greening” será debatido por Timothy Gast, da Southern Gardens – Florida, maior fornecedora do mundo de suco de laranjas para indústrias. Outros assuntos como “Conhecimentos do controle da lagarta do Citros”, será abordado pelo engenheiro agrônomo da FMC, José Luis Silva e a “Atualização sobre pesquisas de controle de Greening”, por Danilo Franco, da FARMatac. 

O supervisor comercial de Citrus da FMC, Weber Marti, destaca a importância desse encontro. “Diante de todas as incertezas provocadas pela crise na citricultura, a presença desses especialistas internacionais trará benefícios para que os produtores entendam que estamos no caminho certo e com a melhor citricultura industrial do mundo. A FMC e a FARMatac transmitirão novos conhecimentos  do mercado internacional e os participantes sairão do evento com novos conceitos e rumos para aumentarem sua produtividade no campo. Queremos continuar investindo em novas tecnologias e soluções para nossos clientes, principalmente nesta cultura”, destaca Marti. 

Programação / Agenda
Data: 19/09/2013

Local: Estação Experimental de Bebedouro – Rodovia Brigadeiro Faria Lima, km 384 – Bebedouro/SP 

08:00 – Café da manhã

08:30 – 09:00 – Abertura FARMatac

09:00 – 10:00 – “Conhecimentos dos o controle da lagarta do Citros” – Jose Luis Silva (FMC)

10:00 – 10:15 – Coffee Break

10:15 – 11:15 - “Custos de produção da Florida com ênfase em colheita mecanizada” – Fritz M. Roka (Universidade da Florida – Immokalee)

11:15 – 12:00 – Troca de conhecimento.

12:00 – 13:30 – Almoço 

13:30 – 14:30 – “Atualização sobre pesquisas de controle de Greening” – Danilo Franco (FARMatac).

14:30 – 15:30 -  “Avanços no manejo de Greening e perspectivas futuras com relação a greening” – Tim Gast (Southern Gardens - Florida)

15:30 – 16:30 – Troca de conhecimentos.

16:30 – 16:45 – Fechamento do evento.


Thaís Frausto | Alfapress