domingo, 28 de julho de 2013

Embrapa fortalece as ações de quarentena de plantas no Brasil

Objetivo é tornar mais eficiente a detecção de pragas e contribuir para a segurança da agricultura brasileira.
 
O crescimento constante do fluxo de turistas e do comércio mundial aumenta os riscos da entrada de novas pragas no Brasil. Para se ter uma idéia dos prejuízos que a introdução de uma praga pode causar à agricultura e à economia brasileira, basta avaliar o exemplo de uma lagarta recém-introduzida no país: a Helicoverpa armigera, que surgiu nesta safra de 2013, e já causou prejuízos superiores a R$ 2 bilhões, principalmente em lavouras de soja e algodão. Não se sabe ao certo como ela entrou no Brasil, a hipótese mais provável é que tenha sido em flores ou plantas ornamentais. Mas o fato é que a praga agora está aqui e pode causar danos a mais de 30 culturas, incluindo: soja, laranja, algodão, quiabo, cebola, melão, morango, batata doce, alface, tomate, maçã, feijão, batata e milho, entre outras.

Para enfrentar os prejuízos ocasionados por essa e outras pragas, que dizimaram lavouras brasileiras em um passado recente, como o bicudo do algodoeiro e a ferrugem da soja, são gastos bilhões e bilhões de reais em produtos químicos e, na maioria das vezes, os danos são irreversíveis, levando milhares de produtores à falência. Por isso, o ideal é investir na prevenção para evitar que pragas exóticas – que não ocorrem no Brasil – entrem e causem estragos aos cofres nacionais e coloquem em risco a segurança alimentar.

Essa prevenção tem nome: chama-se quarentena vegetal e  conta com a participação efetiva da Embrapa – Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária – há quatro décadas. Desde a sua criação em 1973, a Embrapa desenvolve procedimentos de importação e quarentena dos materiais genéticos vegetais destinados aos programas de melhoramento do Sistema Nacional de Pesquisa Agropecuária (SNPA) por delegação do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA).

85% das plantas que chegam para fins de pesquisa estão contaminadas
Segundo a pesquisadora Abi Marques, que trabalha na quarentena vegetal há mais de 20 anos, cerca de 85% das plantas que chegam ao país para fins de pesquisa estão contaminadas com pragas. Ela explica que a quarentena é parte do procedimento de “exclusão” de uma ação de controle, ou seja, cumpre a tentativa de manter as pragas fora de determinada área onde não ocorrem. “A exclusão é, tecnicamente, a melhor opção para evitar a disseminação de pragas”, explica Marques.

Para isso, a Embrapa mantém, em uma de suas 47 unidades de pesquisa, a Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia, em Brasília, DF, uma Estação Quarentenária que analisa a condição sanitária do material vegetal de pesquisa que entra no Brasil. Ao longo dos 40 anos de atuação da Empresa, cerca de 80 pragas que não existem no Brasil foram detectadas e eliminadas no ponto de entrada, em decorrência da atividade quarentenária da Embrapa. Levando em consideração que os prejuízos causados pela entrada de uma praga em apenas uma safra podem chegar a R$ 2 bilhões, dá para calcular o quanto as atividades de quarentena realizadas pela Embrapa já representaram em termos de economia para os cofres brasileiros.

O processo de quarentena prevê a análise das plantas por técnicas integradas para o diagnóstico do seu estado fitossanitário (ou seja, se estão saudáveis ou não). Visa detectar a presença de plantas infestantes e parasitas, insetos, ácaros, vírus, viróides, fitoplasmas, fungos, bactérias e nematóides, prioritariamente daquelas que constam das listas de pragas quarentenárias ausentes (A1) e de pragas quarentenárias presentes (A2) para o Brasil, definidas em Instrução Normativa do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA).

As pragas constantes da lista A1 são exóticas, ou seja, nunca foram relatadas no Brasil. As pragas da lista A2 estão presentes em áreas delimitadas e sob controle oficial. Se forem identificadas contaminações dessa natureza no material, ele é incinerado ou enviado de volta ao país de origem.
 
Mapeamento de pragas quarentenárias aponta 10 espécies como ameaças iminentes às lavouras brasileiras
 
As ações de quarentena desenvolvidas pela Embrapa envolvem o acompanhamento constante das pragas quarentenárias. Um mapeamento recente, realizado em parceria com a SBDA – Sociedade Brasileira de Defesa Agropecuária, identificou 10 novas pragas com reais possibilidades de entrar no Brasil. O estudo levou em consideração a proximidade geográfica de ocorrência das pragas e a importância econômica das culturas agrícolas que podem ser infectadas. São elas: pulgão da soja; mosca-branca “raça Q”; necrose letal do milho; monilíase do cacaueiro; amarelecimento letal do coqueiro; Striga; ferrugem do trigo; mosaico africano da mandioca; ácaro chileno das fruteiras e Xanthomonas do arroz.

Mas, de acordo com o pesquisador da Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia, Marcelo Lopes da Silva, que participou do mapeamento, esse número é, na verdade, muito maior. “As dez apontadas pelo estudo são as de risco iminente, mas há cerca de 600 pragas quarentenárias ameaçando as lavouras brasileiras”, ressalta.
 
Para enfrentar esses desafios, a Embrapa criou uma nova unidade exclusivamente voltada à quarentena de plantas. O objetivo é modernizar a análise das sementes e outros materiais de propagação que são introduzidos no país ou intercambiados com outras instituições de pesquisa.

A nova Unidade, denominada Embrapa Quarentena Vegetal, está sendo gerenciada pela pesquisadora Abi Marques, e funciona por enquanto dentro da Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia, até que as novas instalações estejam prontas.

A sede da Embrapa Quarentena Vegetal, também localizada em Brasília (na área onde hoje está localizada a Fundação Casa do Cerrado, ao lado da Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia) terá uma área de aproximadamente 2.200 m², além de 1.400 m² para quarentenários, que são casas de vegetação com características especiais, nas quais plântulas, mudas, estacas, etc. ficam em observação até poderem ser liberadas.

Na parte edificada, serão construídos laboratórios que abrigarão oito especialidades (fungos, vírus, bactérias, nematóides, insetos, ácaros, plantas infestantes e cultura de tecidos), nos quais o material vegetal em trânsito será examinado para verificar se está contaminado com organismos nocivos à agricultura brasileira. Aí também estão incluídos espaços para a parte administrativa da Unidade, assim como espaços adequados para a operacionalização e gestão documental do intercâmbio de espécies vegetais.

A pesquisadora enfatiza que o novo prédio, que já começou a ser construído, tem uma concepção prioritariamente funcional. “O prédio foi planejado para atender ao fluxo de material e amostras, ou seja, começa por salas de recebimento, documentação e registro, inspeção, contagem e separação de amostras. Depois, as amostras passam pelos laboratórios e, ao final de todo o processo, as sementes ou outros materiais de propagação, isentos de contaminação ou já tratados são embalados para serem remetidos ao solicitante”, explica Marques.

Dessa forma, as sementes que estão sendo examinadas e as que já estão liberadas não ficarão no mesmo espaço. Esse procedimento atende não somente às normas para instalações quarentenárias, como às Normas do Sistema de Qualidade adotado pela Embrapa para os laboratórios que emitem laudos de análise. “É a forma atendendo à função”, complementa a gerente-geral da nova Unidade.
   
via Rosângela Evangelista da Silva | Secom/Embrapa

Embrapa recomenda adoção de ações emergenciais contra a mais nova praga das lavouras de milho

Fabiano Bastos / Embrapa
A identificação de uma nova espécie de praga nas lavouras de milho no Brasil mobilizou um grupo de pesquisadores da Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária) a criarem ações emergenciais para controle da Helicoverpa armigera, muito próxima de uma espécie mais comum e já conhecida pela maioria dos agricultores, a lagarta-da-espiga, ou Helicoverpa zea. As ocorrências de maior severidade foram registradas no Oeste da Bahia, causando perdas elevadas na produtividade, mesmo com a aplicação de inseticidas químicos.

Segundo o pesquisador Ivan Cruz, do Núcleo de Pesquisa em Fitossanidade da Embrapa Milho e Sorgo (Sete Lagoas-MG), as diferenças entre as duas espécies são muito sutis. “Não são facilmente separadas visualmente. As diferenças estão na genitália das duas espécies”, diz. De acordo com ele, a Helicoverpa armigera é muito severa em países da Ásia, África e Austrália e tem como hospedeiros as seguintes culturas: milho, soja, algodão, sorgo granífero, painço, girassol, cereais de inverno (trigo, aveia, cevada e triticale), linhaça, grão-de-bico, feijão e culturas hortícolas, como cerejas, tomate, pepino e frutas cítricas.

Cruz reforça que o que torna a praga importante e severa é o fato de possuir alta mobilidade, polifagia e alta taxa de reprodução. “Um problema agravante ao manejo da praga tem sido também o desenvolvimento da resistência aos inseticidas, fato já documentado na literatura, especialmente em relação a piretroides sintéticos, embora já haja registro de resistência a outros grupos de compostos, como carbamatos e organofosforados”, explica o pesquisador.

Os ovos da Helicoverpa armigera são geralmente postos sobre o “cabelo” do milho, assim como a espécie H. zea. “Ao eclodir, as larvas consomem os grãos em desenvolvimento e, além desse dano direto, são comuns as infecções bacterianas secundárias”, alerta Cruz. De acordo com o pesquisador, as larvas também podem se alimentar das folhas do cartucho, das folhas mais desenvolvidas na planta e do pendão.

Uma das características que tornam essa lagarta ainda mais severa é seu ciclo de vida, que é em torno de um mês, o que permite a existência de várias gerações anuais e contínuas, especialmente nas áreas mais quentes. Ivan Cruz explica que ocorrem seis estágios larvais e a larva pode chegar a até 40 mm de comprimento quando completamente desenvolvida. A pupa é marrom escura e tem entre 14 mm e 18 mm de comprimento, com superfície lisa, arredondada, tanto anterior como posteriormente, com dois espinhos paralelos na ponta posterior.

Pesquisadores apostam no controle biológico
Segundo o pesquisador Fernando Hercos Valicente, do Núcleo de Biologia Aplicada da Embrapa Milho e Sorgo, estão sendo identificados genes promissores de Bt que possam ter eficiência comprovada contra a Helicoverpa armigera. “Estamos iniciando os testes e podemos ter algum sucesso no controle da praga”, antecipa. Segundo ele, a próxima etapa é a multiplicação dos agentes por biofábricas, primeiro em escala piloto, fase que deve ser feita por atores que tenham interesse na tecnologia desenvolvida pela Embrapa.

Ivan Cruz reforça que o principal agente de controle biológico, para liberação em nível de campo, para o controle de ovos de diversas espécies de Lepidoptera são as vespinhas do grupo Trichogramma, um inseto diminuto, porém com alta eficiência no controle das pragas. “A liberação desse agente de controle biológico deve estar associada com armadilha contendo feromônio sexual que, ao ser utilizado no campo, serve para detectar a chegada da mariposa na área-alvo e indicar a época de liberação. A armadilha, bem como o feromônio sexual, já está disponível no mercado internacional”, explica o pesquisador.

O pesquisador da Embrapa Milho e Sorgo destaca que o correto manejo das pragas de milho deve considerar necessariamente a possibilidade de liberação do Trichogramma, tanto para o controle da lagarta-do-cartucho como para o controle do complexo de Helicoverpa (zea e armigera). “O alto índice de parasitismo natural de ovos da lagarta-da-espiga indica a adaptação da espécie ao agroecossistema milho e a real possibilidade de uso também para o controle da nova espécie, H. armigera”, relata. “Na realidade, muito se tem pesquisado no Brasil mostrando a importância dos agentes de controle biológico das diferentes espécies de insetos fitófagos associados ao milho. Tanto em áreas de produção onde se utiliza o milho convencional, como em áreas onde há utilização de milho Bt, a importância de insetos (parasitoides e predadores) e de microrganismos como tática essencial no manejo integrado não pode e nem deve ser negligenciada”, conclui.

Documentos e Informações na Internet
A Embrapa disponibilizou, em seu portal, o serviço Alerta à Helicoverpa, com informações técnicas sobre a nova praga e medidas de controle. A Embrapa Milho e Sorgo também criou, na primeira semana de abril, o hotsite “mipmilho”, com ações relacionadas ao Manejo Integrado de Pragas.

Segundo o pesquisador Ivan Cruz, a introdução de uma nova espécie de praga no sistema agrícola brasileiro mostra a importância de se ter rotineiramente o manejo integrado como princípio fundamental, de tal modo que o produtor possa rapidamente aplicar medidas que também sejam eficientes, econômicas e ambientalmente adequadas para reduzir a população da nova praga a níveis não econômicos.

“Obviamente, as demais espécies de insetos fitófagos não devem ser negligenciadas por conta do aparecimento de novas pragas. Todo o conhecimento gerado pelas instituições de pesquisa deve ser normalmente entendido e utilizado para reduzir a probabilidade de haver prejuízos aos produtores e à sociedade como um todo”, afirma o pesquisador.

por Guilherme Viana / Embrapa Milho e Sorgo 
via Juliana Miura | Secom Embrapa

Ativista indiana é um dos destaques de Encontro de Agroecologia

Vandana Shiva estará em Botucatu para evento intenacional. A manutenção das famílias no campo, produzindo alimentos, gerando emprego e renda e contribuindo para a diminuição do êxodo rural, são alguns dos objetivos da Agroecologia, campo da ciência que utiliza técnicas de base ecológica, unindo o conhecimento científico ao saber popular, para a produção sustentável e a promoção de mais justiça no campo.

Algumas das principais questões da área serão debatidas no III Encontro Internacional de Agroecologia (EIA), que será realizado em Botucatu/SP, entre os dias 31 de julho e 3 de agosto de 2013.

Dentre os palestrantes do evento está a indiana Vandana Shiva, figura de destaque no movimento anti-globalização e consultora para questões ambientais da Third World Network.

Shiva é física, ecofeminista e ativista ambiental. Na década de 1970, participou do movimento Mulheres de Chipko, formado por mulheres que adotaram a tática de se amarrar às árvores para impedir a derrubada e o despejo de lixo atômico naquela região. Foi uma das líderes do International Forum on Globalization, e recebeu o Right Livelihood Award em 1993, considerado uma versão alternativa do Prêmio Nobel da Paz.

É diretora da Research Foundation for Science, Technology, and Ecology, em Nova Déli, segundo ela "um nome muito longo para um objetivo muito humilde, que é o de colocar a pesquisa efetivamente a serviço dos movimentos populares e rurais, e não apenas fazer de conta que estamos ajudando-os".

Shiva é autora de inúmeros livros, entre os quais The Violence of the Green Revolution (1992), Stolen Harvest: The Hijacking of the Global Food Supply (2000), Biopirataria: a pilhagem da natureza e do conhecimento (Vozes, 2001), Understanding Intellectual Property Rights (2002), Monoculturas da mente (Global, 2004), Guerras por água (Radical Livros, 2006).

Entre suas atividades mais recentes, incluem-se iniciativas de ampla divulgação para a preservação das florestas da Índia, a luta em favor das sementes como patrimônio da humanidade e programas sobre biodiversidade dirigidos a diferentes coletividades, além de pesquisas para o desenvolvimento de uma nova estrutura legal para os direitos de propriedade coletivos, como alternativa para os sistemas de direitos de propriedade intelectual atualmente em vigor.

Também participam do evento palestrantes renomados internacionalmente como: Miguel Altieri, pesquisador da Universidade de Berkeley/Califórnia e coordenador da Sociedade Científica Latinoamericana de Agroecologia; Eduardo Sevilla Guzmán, catedrático do Instituto de Sociologia e Estudos Campesinos da Universidade de Córdoba; Victor Manuel Toledo, pesquisador reconhecido no debate mundial sobre agrobiodiversidade e conhecimento popular.

Dentre os participantes brasileiros está Francisco Roberto Caporal, professor doutor da Universidade Federal Rural do Pernambuco, reconhecido internacionalmente pela sua influência no grupo idealizador da nova Política Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural do Brasil - PNATER.

O III Encontro Internacional de Agroecologia é uma realização da Faculdade de Ciências Agronômicas (FCA) da Unesp, câmpus de Botucatu, Fundação de Estudos e Pesquisas Agrícolas e Florestais Fepaf) e Instituto Giramundo Mutuando.

Inscrições, programação completa e mais informações no site www.eia2013.org

via Comunicação UNESP

Novo instrumento de governo e tecnologias avançadas de irrigação

Novo instrumento de governo e tecnologias avançadas de irrigação aumentam a produtividade do café brasileiro. IBGE apontou a safra de grãos 0,3% maior do que a estimada para maio.

A nova Política Nacional de Irrigação (Lei  12.787/2013), aprovada em janeiro deste ano pelo Congresso Nacional, já rendeu avanços para o setor da irrigação. Tais possibilidades contribuíram com a previsão divulgada no início deste mês pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que apontou a safra de grãos 0,3% maior do que a estimada para o mês de maio. Coordenada pelo Ministério da Integração Nacional, a lei representa a retomada do planejamento da atividade no setor produtivo irrigado. 

De acordo com os dados do Instituto, a produção nacional de grãos de café foi de 759.796 toneladas (12,7 milhões de sacas - de 60 kg), 3,4% maior que a produção prevista para maio. O resultado foi atribuído às condições climáticas, aos tratos culturais adequados e à irrigação. Segundo o IBGE, nem mesmo os problemas enfrentados pelo período, como as temperaturas excessivas e a estiagem do começo deste ano, interferiram nos números positivos.  

“Com a irrigação passamos a ter o controle que não teríamos que é a do acesso da planta à água, à chuva ou ao sol. Passamos a ter um domínio de risco na produção e a tecnologia de ponta utilizada na irrigação transforma essa possibilidade”, explica o secretario Nacional de Irrigação do Ministério da Integração Nacional, Miguel Ivan.  
Lavouras mantidas com irrigação
O uso de técnica de irrigação contribuiu para o aumento significativo da produtividade do café no oeste da Bahia. A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) apresentou um pacote tecnológico e orientou os fazendeiros baianos para um novo manejo, o que gerou um incremento na rentabilidade dos cafezais em aproximadamente 25%. Hoje, na região, 37 fazendas colhem 470 mil sacas por ano.

O ponto chave é uma nova maneira de manejar a irrigação. A técnica é conhecida como estresse hídrico ou stress hídrico. “A tecnologia do estresse hídrico, tem transformado a produtividade do café. Tanto na maior geração de renda para o produtor como na garantia de um café de maior qualidade”, afirma Miguel Ivan.

Segundo o pesquisador na área de irrigação e recursos hídricos da Embrapa, Lineu Rodrigues, não existe o melhor método de irrigação. “Na irrigação, se bem executada, pode-se obter com certa facilidade eficiências da ordem de 90%”, garante. No entanto, agricultura irrigada não pode ser aplicada em qualquer lugar. Apenas para àqueles lugares onde ela pode levar melhor a locação eficiente da produção agrícola. “O importante é que a irrigação seja bem feita, analisando-se a viabilidade técnica e econômica do projeto e também o seus benefícios sociais”, destaca.

O pesquisador ressaltou ainda que para cada técnica de irrigação existem diferentes tipos de sistemas. Os métodos são a forma pela qual se aplica a água nas culturas e podem ser classificados em: superfície, aspersão, localizada e subirrigação. “A existência de um grande número de sistemas se deve ao fato de se estar sempre buscando aumentar a eficiência de irrigação e a necessidade de adequação à variação do tipo de solo, características climáticas, cultura, suprimento de água, disponibilidade de energia e condições socioeconômicas e ambientais”, afirma.  

Para Miguel Ivan, irrigação é sinônimo de desenvolvimento regional e contribui para o meio ambiente. Com a irrigação desmata-se menos, desloca os recursos de forma mais eficiente para a produção, gerando mais renda. “Irrigação não é sobre produto é sobre pessoas. Pessoas que querem gerar renda, que moram distante, pessoas que precisam do alimento com qualidade e que podem comprar o alimento com custo menor”, ressalta.
 
via Comunicação/Ministério da Integração Nacional

segunda-feira, 22 de julho de 2013

IHARA apresenta soluções para o distribuidor de insumos no III Congresso ANDAV

Empresa compartilhará seus programas com clientes, que visam estabelecer um sistema de distribuição de insumos eficaz e rentável 

A Ihara, tradicional fabricante de defensivos agrícolas, participa do mais importante encontro da distribuição de insumos agropecuários do Brasil: o III Congresso Andav. A empresa apresentará soluções direcionadas às mais diversas oportunidades de negócios sustentáveis neste setor, visando melhoria no gerenciamento do planejamento, profissionalização dos processos internos e externos e na tomada de decisão.  O evento acontece entre os dias 29 a 31 de julho, no Transamérica Expo Center, em São Paulo.  

“Reafirmamos nosso compromisso com a agricultura brasileira ao participar de mais uma edição do Congresso, pois consideramos este segmento de grande importância para o agronegócio. Neste ano, reforçaremos o nosso apoio às ações da entidade representativa do setor e enfatizaremos o nosso interesse e compromisso em trabalhar com o Selo Andav+, certificado emitido para revendas e os distribuidores de insumos agrícolas que atendam a critérios relacionados às boas práticas de comercialização”, comenta o gerente de marketing regional, Leonardo Campos Araújo.

O evento, além de reunir todos os agentes ligados à distribuição de insumos em um único espaço, também possibilita a troca de informação e atualização dos gestores da distribuição de insumos agrícolas e veterinários. A programação conta com três dias de Congresso, com temas atuais e dirigidos, apresentados por palestrantes nacionais e internacionais. Além das palestras, os participantes terão a oportunidade de conhecer a área de exposição, onde empresas de diferentes setores da cadeia do agronegócio (defensivos, sementes, equipamentos, fertilizantes, produtos veterinários, implementos, entre outros) estarão realizando negócios e networking.

O Congresso é iniciativa da Associação Nacional dos Distribuidores de Insumos Agrícolas e Veterinários (Andav) - entidade que reúne mais de 1.200 distribuidores espalhados por mais de 520 municípios em todo o Brasil.

Sobre a Ihara
Desde 1965 no mercado e possui em seu portfólio mais de 60 produtos, como fungicidas, herbicidas, inseticidas e produtos especiais, para as mais diversas culturas.

O trabalho  vai além de apenas levar produtos ao agricultor. A empresa oferece seus serviços sempre com o intuito de auxiliar o produtor rural a obter uma melhor produtividade com a maior qualidade possível e de forma sustentável, além de estabelecer parcerias estratégicas com outras empresas do setor para melhor atender o agricultor, oferecendo-lhe uma maior gama de opções para auxiliá-lo a resolver seus problemas na lavoura.

via Iara Soriano

domingo, 21 de julho de 2013

Abertas as inscrições para a 5° Reunião do Fórum de Agricultura Irrigada

Estão abertas as inscrições para a 5° reunião do Fórum de Agricultura Irrigada, que acontecerá em Cristalina (GO), entre os dias 16 e 17 de agosto. O número de participantes foi limitado em até 400 inscritos. Os interessados devem enviar um e-mail para forumagriculturairrigada@gmail.com ou entrar em contato por meio do telefone (61) 2034-4282. O evento será realizado na Rodovia (BR - 040 Km), no Buffet Sônia Festas, e acontece paralelo ao Festival ABC da Boa Mesa (Alho, Batata e Cebola). 

O fórum terá como um de seus temas o impacto da irrigação no desenvolvimento regional de Cristalina e entorno, além de casos de sucesso em irrigação no município e novas alternativas de produção, como fruticultura irrigada, pastagens irrigadas, e produção de soja/milho de alta produtividade com irrigação suplementar na safra de verão. Como parte da programação também está prevista uma visita em campo para conhecer barragens e projetos de irrigação por pivô central, com mais de 35 culturas.

O evento está sendo organizado pela Secretaria da Agricultura, Pecuária e Irrigação do Estado de Goiás (SEAGRO), pelo Sindicato Rural de Cristalina, com apoio da Secretario Nacional de Irrigação do Ministério da Integração Nacional (SENIR/MI). 

Fórum 
O Fórum Agricultura Irrigada é uma instância colegiada de natureza consultiva e deliberativa, de abrangência nacional, vinculada ao Ministério da Integração Nacional, nos termos da Portaria n° 1.869, de 5 de dezembro de 2008, assinada pelo Ministro de Estado da Integração Nacional. O regimento interno tem uma diretoria que é o órgão colegiado para condução de suas atividades e decisões.

Festival ABC da Boa Mesa 
Oferecendo a boa gastronomia como atração principal, o segundo Festival ABC da Boa Mesa (Alho, Batata e Cebola) tem como objetivo mostrar a força da produção destas três culturas na cidade de Cristalina. Segundo dados dos organizadores do festival, 37% do alho produzido na região é consumido em todo o Brasil, a batata por 10% e a cebola por 8% da população.  

Serão apresentados 27 diferentes tipos de pratos, que levam o alho, a batata e a cebola como ingredientes. Também serão realizadas palestras técnicas para os produtores, além de diversas atrações culturais. O Festival vai de 12 a 15 de agosto.

Cristalina 
Localizada na região leste de Goiás, o município de Cristalina é um exemplo do grau de aperfeiçoamento a que pode chegar a agricultura irrigada. A água que movimenta os pivôs da fazenda sai de reservatórios abastecidos pela chuva, com baixo impacto ao meio ambiente.  O volume armazenado é suficiente para manter a produção o ano inteiro.  

Com alto índice de produtividade em diferentes culturas, a região conta com empreendimentos responsáveis pela produção de três safras por ano. São 54 mil hectares de terra irrigados, utilizando mais de 600 pivôs, o que reflete na produção de 34 alimentos da cesta básica, vendidas para todo o País, gerando para Cristalina o maior Produto Interno Bruto (PIB) agrícola do Brasil - R$ 1,3 bilhão. 

5º Reunião do Fórum de Agricultura Irrigada 
Veja programação completa aqui 

Fórum Agricultura Irrigada

Festival ABC da Boa Mesa 
Para mais informações acesse http://www.abcdaboamesa.com.br 

Ministério da Integração Nacional | Comunicação Social

Minas Láctea 2014 já tem fila de espera

Erasmo Pereira
Para o Minas Láctea de 2014, evento promovido pela EPAMIG, Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais, 95% dos estandes já estão reservados e dez empresas estão na fila de espera. Este ano o público foi de 14 mil pessoas em três dias, 16% a mais que no ano passado, e os negócios gerados e prospectados durante a feira sinalizaram um giro de R$ 200 milhões.

“O sucesso do evento se deve ao público segmentado, interessado exclusivamente em realizar negócios. Nesse sentido, a EPAMIG tem contribuído com a profissionalização crescente do mercado”, destacou Marcelo Lana, presidente da EPAMIG.

Durante três dias de Minas Láctea 50 laticínios de diversas partes do país mostraram mais de 600 produtos lácteos – alguns que ainda nem chegaram à mesa do consumidor como o iogurte grego com 25% de polpa de banana em calda.  “O evento é tradicionalmente uma oportunidade principalmente para pequenos e médios fabricantes apresentarem novos produtos”, assegurou um dos coordenadores da Minas Láctea, Nelson Tenchini.

O público também pode conhecer embalagens de baixo impacto ambiental, insumos para fabricação de produtos com baixo teor de sódio e principalmente o que há de mais novo no país em máquinas e equipamentos.

 “O equipamento que faz a salga do queijo em cascata, trazido por uma indústria argentina, e as linhas de automação para produção de queijo fresco em menor escala, apresentado por uma empresa francesa, permitem que o pequeno produtor acelere a fabricação, reduza a mão de obra e aprimore as condições de higiene”, exemplifica o professor de projetos, instalações e equipamentos do Instituto de Laticínios Cândido Tostes, Pedro Henrique Baptista de Oliveira.

Tecnologias simplificadas
Entrentanto, muitos equipamentos antes importados, hoje já estão sendo 100% fabricados no Brasil. “Os produtores estão enfrentando dificuldade com mão de obra e precisam ampliar produtividade para permanecer no mercado, por isso o setor está em franca mecanização”, explica Mairon Mesquita, coordenador do Minas Láctea.

Premiação
No encerramento do Minas Láctea, foram premiados os vencedores do 40º Concurso Nacional de Produtos Lácteos, disputado por  54 indústrias de oito estados do Brasil. Foram premiados os três primeiros lugares das categorias Queijo Prato, Queijo Gouda, Queijo Provolone, Queijo Parmesão, Queijo Reino, Queijo Minas padrão, Requeijão Cremoso, Doce de Leite Pastoso, Queijo tipo Gorgonzola, Manteiga de primeira qualidade e os três melhores produtos inovadores como ‘Destaque Especial’.

Resultado concurso:  http://goo.gl/SGryF

Juliana Alvim | EPAMIG/Comunicação

sexta-feira, 19 de julho de 2013

Leilão Virtual Top Leite Guzerá Villefort

O Canal Rural transmite no dia 23 de julho (terça-feira), às 21 horas (horário de Brasília), o Leilão  Virtual Top Leite Guzerá Villefort. Serão ofertadas 70 fêmeas, entre novilhas e bezerras, e 1 reprodutor da raça Guzerá-Linhagem Leiteira.

A promoção é do selecionar Virgílio Villefort (Guzerá Villefort), de Minas Gerais, melhor criador do gênero nos quatro primeiros julgamentos oficiais da Associação dos Criadores de Guzerá do Brasil (ACGB). 

A cada bezerra ou novilha arrematada, os investidores ganharão cinco doses de sêmen convencional, a livre escolha, entre os reprodutores Exbaiano Villefort, Esmingo Villefort e Endereço Villefort (livre escolha), que estão em teste de progênie.  

Consulte condições de pagamento e frete grátis.
Reservas e lances
Programa Leilões – (43) 3373-7077

Informações:
Guzerá Villefort – (31) 3627-1145 / guzeravillefort@villefort.com.br

via Rafael Albuquerque | Pecpress