terça-feira, 19 de novembro de 2013

DuPont apresenta tecnologias para o mercado de etanol de milho

Por meio da divisão de Biociências Industriais, empresa oferece amplo portfólio de enzimas que permitem a conversão do amido em combustível 

Comprometida com o desenvolvimento de inovações que atendam as demandas por novas fontes de energia, a DuPont aposta no mercado brasileiro de etanol de milho e apresenta o seu amplo portfólio de enzimas para o processo de quebra e fermentação do amido. Por meio da divisão de Biociências Industriais, a empresa possui expertise para melhorias nos processos de produção devido às suas contribuições para o desenvolvimento deste mercado nos Estados Unidos, atualmente o maior do mundo. 

O lançamento oficial do portfolio ocorreu durante o Primeiro Fórum Brasileiro de Etanol de Milho, realizado no dia 27 de setembro na cidade de Sorriso, Mato Grosso. Promovido pela Associação Brasileira dos Produtores de Soja e Milho (Aprosoja Brasil), o evento discutiu o incentivo à produção de etanol de milho no país como uma das alternativas para escoar a produção local de milho, que nesta safra alcançou cerca de 20 milhões de toneladas, volume bem superior ao consumo interno estimado em 3,5 milhões de toneladas. 

“Temos experiência e tecnologia capaz de potencializar esse crescimento no país”, declara Eliane Contini, diretora da unidade de Biociências Industriais da DuPont América Latina. Atualmente, a empresa possui enzimas que aceleram o processo de produção do combustível com baixo consumo de energia, melhorando a produtividade. “Nossa atuação no mercado norte-americano trouxe uma experiência importante, que foi decisivo para aprimorar as nossas enzimas”, destaca a executiva.

Segundo dados da Aprosoja MT, o processo de produção de etanol de milho transforma 1 tonelada de milho em 220 quilos de DDGs (concentrado proteico), 380 a 400 litros de etanol e 18 litros de óleo degomado, produtos estes que dão um faturamento superior a R$ 700,00 a tonelada, em comparação com R$ 200,00 faturados com a venda do milho in natura.

Processo atual de fermentação

Atualmente, a DuPont oferece para o mercado brasileiro de etanol de milho enzimas com elevado desempenho e que proporcionam baixo consumo de energia ao longo do processo de fermentação do amido. O resultado está associado com o avanço dessa tecnologia, que permitiu a exclusão de algumas etapas do processo de produção. 

Na operação tradicional, a produção do etanol de milho alcançava a temperatura média de 105oC e contemplava etapas de injeção de vapor na solução de amido, proporcionando uma mistura melhor para a fermentação. Hoje, as enzimas proporcionam uma redução significativa no consumo de energia, resultado que foi possível graças à melhor performance do processo enzimático e que levou à exclusão de duas etapas do processo de produção: injeção direta de vapor de água (Jet Cooker) e tanque de sacarificação. 

“Com as novas enzimas, conseguimos reduzir a temperatura para 80oC – 85oC, levando à exclusão de alguns processos. Dessa forma, tornamos a produção mais ágil e rentável”, explica João Marcelo Occhiucci, representante de Vendas da divisão de Biociências Industriais para a DuPont América Latina. Segundo o executivo, a DuPont já trabalha em uma nova geração de enzimas que em um futuro próximo reduzirá ainda mais a temperatura do processo de produção.

Atualmente, a DuPont disponibiliza as tecnologias abaixo para o mercado de etanol de milho. Vale ressaltar que os produtos da companhia possuem diferenciais competitivos importantes, acelerando o processo de produção sem prejuízos na qualidade final do produto.

Sobre a DuPont:  www.dupont.com.

via Natalia Fernandes | DuPont

quinta-feira, 26 de setembro de 2013

Sertão baiano foi beneficiado por programas federais

Na região do sertão da Bahia, a participação e ingresso de agricultores em programas de incentivo do governo federal, nos anos de 2009, 2010 e 2011, teve um efeito positivo. 

Programas PNPB e PNA fortaleceram produtores do sertão da Bahia | Vinícius Morende

No município de Morro do Chapéu (BA) ocorreu a profissionalização do cultivo da mamona, impulsionada pelo Programa Nacional de Produção e Uso do Biodiesel (PNPB) que, juntamente com o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), tinham como objetivo fortalecer a agricultura familiar.

Para entender como a vida daqueles agricultores a partir daquele momento, o jornalista Vinícius Navarro Morende pesquisou e comparou os efeitos econômicos e políticos das duas iniciativas (PNPB e PNA) aplicadas na região, no então governo Lula. A dissertação de mestrado Plantar alimento ou combustível? Formação territorial no sertão baiano foi apresentada na Escola de Artes, Ciências e Humanidades (EACH) da USP, sob orientação do professor  Sidnei Raimundo.

Os programas
O PNPB visava estimular a agricultura familiar da região a investir nas plantações de mamona. Para tanto, o governo comprava grandes safras do produto para a produção de biodiesel. Com a valorização da cultura, os agricultores passaram a ganhar muito mais dinheiro e a mamona passou a ser tratada como comodity. “Os agricultores deixaram de vender aos poucos e passaram a armazenar grandes quantidades”, explica Morende. Para o agricultor familiar do semiárido, isso representou uma grande mudança.

Com grandes lucros, os agricultores furaram poços para obter água e compraram equipamentos. O PNPB gerou um volume de rendas e empregos inéditos e ajudou a profissionalizar a agricultura na região. Além disso, os produtores tinham acesso a assistências técnicas que acompanhavam as propriedades que estavam produzindo mamona para o programa. Eram ensinadas técnicas consideradas certas pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). O acesso a essas técnicas qualificou os produtores com o conhecimento técnico e científico, com o objetivo de aumentar a produção.

No programa, a Cooperativa de Produção e Comercialização da Agricultura Familiar (COOPAF) fazia um intermédio, auxiliando os agricultores na venda das safras da mamona para as grandes empresas envolvidas na produção do biodiesel, como a Petrobrás.

Segundo o pesquisador, o PNPB desenvolveu a cidade como um todo: as estradas passaram por reformas, propriedades rurais inativas voltaram a produzir, houve maior fixação do homem no campo, que absorveu a mão de obra da região e evitou migração para outros centros urbanos.

Já o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) foi parte do programa Fome Zero e sua função é incentivar a produção de alimentos, também por meio da agricultura familiar, com garantia de preços mínimos regulados pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Há incentivos para a plantação e produção de alimentos na localidade.

O PAA também conta com o apoio da COOPAF, que comprava produções de artigos como biju, farinha, mel, derivados da mandioca, etc, provindos de famílias da região, montava pacotes com esses produtos e doava para famílias carentes da região. A COOPAF acessava verbas do governo federal para a compra dos produtos. O PAA garantia a compra de mercadorias, gerando renda estável (antes do PAA, os produtores vendiam seus artigos em feiras da região, sem garantia de venda total), mas cobrando regularidade de produção.

Segundo o pesquisador, no Morro do Chapéu o PNPB acabou por atrair mais que o PAA, então passou-se a investir mais em combustível que em alimento. O beneficio era mais atrativo para a plantação da mamona. “O PNPB teve um volume muito maior de investimentos então os resultados dele são muito mais evidentes”, relata. O PAA teve efeitos menores, mas beneficiou muitas pessoas com geração de renda estável.

A desvalorização
O PNPB foi iniciado em 2007 e no ano de 2009 a empresa Petrobrás entrou como colaboradora, comprando safras. A chegada da gigante Petrobrás representou o boom da mamona, nos anos 2009, 2010 e 2011. A supervalorização aumentou seu preço a ponto de inviabilizar o uso da mamona para o biodiesel.

Como a mamona não era o único produto ideal para o biodiesel, a Petrobrás deixou de investir em sua compra e passou a investir ainda mais na soja, no ano de 2011. “A cultura da mamona passa por um período de instabilidade”, afirma Morende. Parte da produção é destinada à indústria de cosméticos, mas não há garantia de assistência técnica, diminuindo e desestabilizando a produção.

Aproximadamente 99% do biodiesel atualmente vem da soja, que não é um produto da agricultura familiar, mas do agronegócio. Essa mudança de foco no projeto representa um desvio do objetivo: “o principal beneficiário do programa deveria ser a agricultura familiar e não é o que vem acontecendo”, relata. Segundo o pesquisador, o estudo dá respaldo para que os agricultores cobrem as autoridades quanto aos rumos tomados pelo programa.

Por Rúvila Magalhães | Agência USP

segunda-feira, 23 de setembro de 2013

Primeiro Projeto Agroextrativista do Incra/MG é resistência a monocultura

Com a criação do primeiro Projeto Agroextrativista (PAE) do Incra/MG, comunidades tradicionais têm de volta território ocupado pela monocultura de eucaliptos na década de 80. 

O PAE Veredas Vivas, no município de Rio Pardo de Minas (MG), foi oficializado pela autarquia em solenidade realizada na sexta-feira (20), em Montes Claros (MG).

O ato de assinatura da portaria de criação integra as comemorações do Dia Nacional do Cerrado, dia 11 de setembro. A portaria será publicada no Diário Oficial da União nos próximos dias.

A fazenda Vereda Funda, com 4,9 mil hectares, foi doado ao Incra pelo Instituto de Terras de Minas Gerais (Iter/MG) após ser discriminado como terra devoluta. Apesar de ainda viverem na região, as 100 famílias que serão alocadas viram seu território diminuído após o rápido avanço dos plantios de eucalipto na década de 1980.

Com a criação do PAE, estas famílias terão a concessão de uso coletivo de área onde poderão resgatar a cultura dos Geraizeiros baseada no extrativismo de frutos como o rufão, a mangaba, o pequi, entre outros. O Projeto prevê ainda a lavoura diversificada e a criação de animais soltos, traços típicos da cultura local.

Além da área comunitária, parcelas familiares foram demarcadas para a residência dos beneficiados. A área de reserva legal também já foi discriminada para a obtenção de licença ambiental.

“A criação desta modalidade de assentamento pelo Incra/MG abre perspectivas no campo dos direitos territoriais das comunidades tradicionais do sertão norte mineiro, principalmente daqueles localizados em terras devolutas do Estado de Minas Gerais”, observa Danilo Araújo, superintendente do Incra/MG .

Daniel Fleming | Comunicação Incra/MG

Boas práticas de manejo nas lavouras de milho Bt

Mato Grosso do Sul recebe campanha da Abrasem sobre boas práticas de manejo nas lavouras de milho Bt

Palestra realizada na cidade de Itapeva, São Paulo | Divulgação

Estado que é o terceiro maior produtor de milho do país contará com duas palestras de conscientização junto a produtores para abordar a importância de preservar a tecnologia do milho geneticamente modificado resistente a pragas 

Terceiro maior produtor de milho no país, o Estado de Mato Grosso do Sul receberá a partir desta semana a campanha nacional de conscientização da Abrasem (Associação Brasileira de Sementes e Mudas) sobre as boas práticas de manejo nas lavouras de milho Bt, o milho geneticamente modificado resistente a pragas, que possibilita a racionalização do uso de defensivos e a proteção do potencial de rendimento da lavoura. A entidade reunirá agricultores para uma palestra sobre o assunto com o entomologista José Magid Waquil, no município de Dourados, no dia 26 de setembro, quinta-feira, às 19h, no Hotel Bahamas, localizado na avenida João Cândido da Câmara. Um segundo encontro com o consultor está previsto para a primeira quinzena de outubro, em Chapadão do Sul.  

O objetivo é orientar os produtores sobre a importância do manejo da resistência de insetos para evitar o processo de seleção de insetos-praga resistentes às toxinas produzidas pelas plantas geneticamente modificadas e preservar a eficiência e o potencial da tecnologia Bt, evitando prejuízos à lavoura. 

Iniciada em julho e realizada pelo quinto ano consecutivo, a campanha nacional da Abrasem já orientou agricultores do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo e Minas Gerais. Depois de Mato Grosso do Sul, serão realizados encontros nos Estados de Mato Grosso e Goiás. Além das palestras, a campanha conta com anúncios nos veículos de comunicação especializados no setor e distribuição de material explicativo. 

O site do projeto, que pode ser acessado no endereço www.boaspraticasogm.com.br, é outra importante ferramenta da ação, trazendo todas as informações necessárias para o produtor, incluindo dados técnicos, além de artigos e a programação de palestras. 

Coordenada pela Associação Paulista dos Produtores de Sementes (APPS), a campanha é resultado de um grupo de trabalho da Abrasem, com a participação de técnicos das empresas produtoras de sementes, e conta com o apoio da Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária). 

Sobre o milho Bt 

O milho Bt é obtido por meio da transformação genética de plantas de milho com genes da bactéria Bacillus thuringiensis (Bt), fazendo com que a planta produza proteínas tóxicas para algumas espécies de insetos. A tecnologia, criada em 1997 nos Estados Unidos, espalhou-se rapidamente devido a sua eficiência e há pouco mais de cinco anos é utilizada no Brasil, representando atualmente cerca de 80% das sementes de milho comercializadas no país.

Os especialistas no assunto explicam que, mesmo com a produção contínua das toxinas ao longo do ciclo, as plantas Bt podem não controlar todas as pragas existentes, pois na população dessas podem existir indivíduos naturalmente resistentes. Daí a importância do manejo da resistência de insetos (MRI). 

José Américo Pierre Rodrigues, superintendente executivo da Abrasem, explica que investindo simultaneamente no plantio de refúgio (plantio de áreas de milho não Bt adjacentes à plantação de milho Bt) e em outras práticas como a dessecação antecipada seguida de inseticida, controle de plantas daninhas, tratamento de sementes, monitoramento seguido de inseticida e rotação de culturas, o produtor conseguirá garantir a longevidade da tecnologia.

Os pesquisadores consideram que a melhor maneira de evitar o desenvolvimento de populações de insetos resistentes ao milho Bt é combinar lavouras de milho Bt com áreas plantadas com híbridos sem a tecnologia Bt. Dessa forma, os poucos possíveis insetos resistentes que sobreviverem na lavoura Bt irão cruzar com insetos suscetíveis presentes na lavoura de milho não Bt. Algumas possibilidades de "desenho" da lavoura, utilizando refúgio, estão disponíveis no site da campanha.

Na opinião do consultor José Magid Waquil, contratado para comandar as palestras, a campanha de conscientização é de grande importância para a preservação de uma tecnologia de grande valia para a agricultura nacional.  “O produtor precisa entender que a capacidade da ciência não é infinita e que ele precisa fazer a parte dele”, resume.

Waquil acrescenta que a receptividade nos encontros tem sido excelente. “Os agricultores têm se mostrado interessados em aprender e em executar as medidas preventivas. Acreditamos que no Mato Grosso do Sul, Estado de grande importância para a produção de milho no país, o interesse também será grande, o que será fundamental para o sucesso do projeto”, afirma.

Cássio Camargo, diretor executivo da APPS, ressalta a preocupação com a manutenção da tecnologia. Ele explica que, além de exigir uma quantidade muito menor de pulverizações, o milho Bt tem maior produtividade, tornando-se muito mais rentável. Mas salienta: “Precisamos preservar a qualidade dessa tecnologia, que é muito valiosa para a agricultura nacional”, diz.

As boas práticas de manejo da resistência de insetos

1 - Adoção de áreas de refúgio – O plantio e a manutenção das áreas de refúgio representam o principal componente do plano de Manejo Integrado da Resistência (MIR) das culturas Bt. O objetivo do refúgio é manter uma população de insetos-praga-alvo da tecnologia Bt sem exposição à proteína Bt. 

2 - Dessecação antecipada seguida de inseticida – As culturas antecessoras, assim como as plantas daninhas e voluntárias presentes no ambiente, podem hospedar as principais pragas que atacam a cultura do milho na fase inicial, influenciando a espécie predominante e a pressão inicial das pragas. Assim, no sistema de plantio direto, a pressão de pragas na fase inicial da cultura pode ser maior quando comparada ao sistema de plantio convencional. 

3 - Controle de plantas daninhas – Algumas plantas daninhas podem hospedar insetos-praga das culturas subsequentes, permitindo que uma quantidade significativa sobreviva nas áreas de cultivo no período da entressafra. Além disso, ervas daninhas podem ser fontes de lagartas em ínstares mais avançados, as quais apresentam maior dificuldade de controle pela tecnologia Bt. 

4 - Tratamento de sementes – O Tratamento de Sementes (TS) é uma prática que visa o controle de pragas subterrâneas e iniciais da cultura, período de grande suscetibilidade às pragas. Os danos causados por essas pragas resultam em falhas na lavoura devido ao ataque às sementes após a semeadura, danos às raízes após a germinação e à parte aérea das plantas recém-emergidas. 

5 - Monitoramento seguido de inseticida – O monitoramento é fundamental. A partir dele, toma-se a decisão de realizar ou não uma aplicação complementar de inseticida na lavoura. 

6 - Rotação de culturas – A rotação de culturas consiste em alternar o plantio de diferentes espécies de culturas na mesma área agrícola. Com ela, o produtor melhora as propriedades físico-químicas do solo e reduz a população inicial de alguns insetos-praga da cultura.Serviço

Palestra sobre “Manejo Integrado da Tecnologia Bt”, com o consultor José Magid Waquil, PHD em entomologia
Quando: dia 26 de setembro, quinta-feira, às 19h
Onde: Hotel Bahamas (Rua João Cândido da Câmara, 750, Dourados, MS)
Apoio: Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária)
Entrada gratuita

Sobre a Abrasem – Fundada em 1972, a Associação Brasileira de Sementes e Mudas representa os produtores de sementes e mudas no Brasil, com o objetivo de congregar e orientar as entidades correlatas e associadas, além de coordenar e gerenciar assuntos em âmbito nacional de interesse de suas associadas e da agricultura nacional. Ao todo, a Abrasem reúne 13 associações de produtores de sementes e mudas, 126 laboratórios, 332 unidades de beneficiamento, 1.200 unidades armazenadoras, além do segmento de pesquisa (obtentores). A entidade congrega 537 produtores associados, 42 mil agricultores, 4,4 mil técnicos e 16,6 mil vendedores, além de gerar 1,4 milhão de empregos diretos e indiretos. A entidade atua junto a membros das áreas de pesquisa, produção, multiplicação, beneficiamento, armazenamento e comercialização com o objetivo de obter uma representação mais forte e atuante do setor.

via Rosana Spinelli | Macchina

quinta-feira, 19 de setembro de 2013

Pinhão-manso

O livro Pinhão-manso é o resultado de várias décadas de pesquisa sobre a cultura, com vistas ao conhecimento de seu potencial e de suas utilizações. Em seus 14 capítulos são abordados aspectos como melhoramento genético, sistemas de propagação, qualidade fisiológica de sementes, doenças e pragas, colheita e pós-colheita, extração do óleo e demais produtos. Participam desta edição autores da Epamig de várias instituições do Brasil, culminando numa publicação completa sobre o tema.

O pinhão-manso é bastante explorado em regiões áridas do Nordeste brasileiro e Norte de Minas Gerais, por ser uma espécie nativa, exigente em insolação e com forte resistência à seca. A Epamig e demais instituições pesquisam o pinhão-manso como alternativa agrícola para produção de óleo e subprodutos no âmbito da agricultura familiar, com vistas à diversificação da produção e aumento de renda para os produtores.

EPAMIG- Divisão de Gestão e Comercialização
Telefax: (31) 3489-5002
e-mail: publicacao@epamig.br
Páginas: 524
Preço: R$35,00

via Comunicação Epamig

Núcleo da UFSCar realiza Simpósio Luso-brasileiro sobre Incêndios Florestais

Evento acontece em novembro em parceria com o Programa de Pós-Graduação em Ciências da Engenharia Ambiental da USP e universidades portuguesas

O Núcleo de Estudos e Pesquisas Sociais em Desastres (Neped), do Departamento de Sociologia (DS) da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), em parceria com o Núcleo de Investigação Científica em Incêndios Florestais (NICIF), das Universidades de Coimbra e do Minho (Portugal), e com o Programa de Pós-Graduação em Ciências da Engenharia Ambiental (PPG-SEA), da Escola de Engenharia de São Carlos da USP (EESC-USP), recebem as inscrições para o I Simpósio Luso-brasileiro sobre Incêndios Florestais, que será realizado em novembro.

O evento tem o objetivo de reunir quadros qualificados do meio técnico e operacional do Brasil e de Portugal para que, junto aos pesquisadores das áreas de Geografia, Sociologia e Psicologia, seja feita uma reflexão e discussão acerca de aspectos do desafio subjacente à ocorrência, combate e prevenção de incêndios florestais, nos respectivos contextos nacionais.

As inscrições para participação serão realizadas até o dia 30 de setembro pelo envio, por email, da ficha de inscrição e da cópia do comprovante de pagamento. A ficha pode ser acessada no site 


A exposição de trabalhos será na forma de banner, com inclusão do resumo expandido nos anais do evento, que deve ser enviado junto à ficha de inscrição e ao comprovante de pagamento. A divulgação dos resumos aprovados será feita na página do evento até o dia 10 de outubro. As instruções completas para inscrição e submissão de trabalhos devem ser conferidas no site do Simpósio


O evento ocorrerá no dia 18 de novembro, no Centro de Recursos Hídricos e Ecologia Aplicada (CRHEA-EESC), no campus localizado no município de Itirapina, próximo à Represa do Broa. Mais informações sobre o evento podem ser consultadas no site 

www.simplusobrasif.wix.com/luso-brasil, pelo telefone (16) 3351-8915 ou pelo email desastres@terra.com.br.

Cecília Mazetto |  Comunicação Social da Universidade Federal de São Carlos

Herbicida em nanocapsula minimiza impactos ambientais

Projeto é contemplado com o Edital do Acelerador Tecnológico da Agência Unesp de Inovação

Herbicidas são amplamente utilizados nas plantações, por exemplo, de cana-de-açúcar e milho, produtos que o Brasil é um dos líderes no cultivo. A utilização de herbicidas de maneira indiscriminada faz com que sua transferência para os sistemas aquáticos possa influenciar na qualidade da água e trazer consequências adversas para determinado ecossistema.

Ainda, a eficácia dos herbicidas comuns é baixa, sendo que apenas 2% do total utilizado atinge o alvo, causando assim um baixo rendimento e consequente necessidade de grandes quantidades deste ativos. A tecnologia desenvolvida por pesquisador da Unesp pode aumentar a eficiência dos compostos ativos em atingir os organismos alvos, bem como minimizar os impactos ambientais.

O projeto de encapsulamento de herbicidas, inscrito por Leonardo Fernandes Fraceto, professor da Unesp de Sorocaba, foi contemplado pelo edital do Acelerado Tecnológico de 2012, concurso que selecionou quatro propostas para financiamento de prova de conceito de pesquisa. O projeto contou com a participação de  André Henrique e dos pós-graduandos MSc Anderson do Espirito Santo Pereira, Renato Grillo e Nathalie Ferreira Silva Melo, todos da Unesp de Sorocaba.

Fraceto comentou o processo de desenvolvimento da tecnologia: “Há cerca de 6 anos iniciamos estudos para utilização de nanotecnologia aplicada a agricultura, muitos pesquisadores estudam o desenvolvimento de sistemas carreadores para fármacos e em nosso casso aplicamos essa tecnologia para herbicidas”.

A utilização desses sistemas carreadores minimiza os efeitos de toxicidade e contaminação ambiental, visto que o composto ativo não estará livremente disponível no ambiente, mas sim associado a um sistema carreador que irá liberá-lo de maneira lenta. Com o sistema de liberação modificada, também não serão necessárias aplicações sucessivas, minimizando a quantidade empregada e outras despesas de sua aplicação.

O nano encapsulamento de herbicidas já foi submetido à alguns testes de campo e o pedido de patente foi depositado pela Agência Unesp de Inovação (AUIN).  “Esperamos agora divulgar os resultados para a comunidade Científica/Industrial e esperamos que empresas despertem interesse em licenciar a tecnologia” , completa o professor Fraceto em relação às expectativas da equipe para o invento. 

via Luciana Maria Cavichioli/AUIN/Unesp

Evento inédito online sobre avicultura

O AveConference Day, encontro online com transmissão ao vivo acontece amanhã, 20 de setembro, a partir das 09h 

A AveWorld realiza amanhã, dia 20 de setembro, a partir das 09h, a AVECONFERENCE DAY, o primeiro encontro online com transmissão ao vivo voltado para o segmento da avicultura. Na ocasião, serão abordados os principais temas sobre o assunto por grandes especialistas, por meio do portal www.aveworld.com.br.

A abertura do evento fica a cargo do especialista Luciano Roppa com palestra sobre a situação atual do mercado atual e perspectivas para o milho, soja e carne de frango. Em seguida, o gerente de produtos da Zoetis, Felipe Pelicioni, falará sobre as medidas de manejo para a promoção da sanidade respiratória das aves.

O encontro contará também com o consultor avícola da Ourofino, dr. José Di Fábio, para discutir sobre os problemas entéricos na avicultura moderna; o gerente técnico da BASF, Juan Hilário Ruiz, que abordará sobre o uso de enzimas para otimizar o custo e aproveitamento das rações em avicultura; e a assistente técnico-comercial da Yes e médica veterinária, Marcela Ogawa Sampaio, cuja palestra abordará sobre os produtos para melhorar o desempenho e aglutinar Salmonella e E.coli.

Cada palestra terá duração de 30 minutos, possibilitando aos participantes realizarem perguntas ao vivo aos palestrantes. A programação completa será divulgada nos próximos dias.

Programa:
09h às 09h30 – Situação atual do mercado e perspectivas: Milho, Soja e carne de Frango | Palestrante: Luciano Roppa

09h30 às 10h – Medidas de manejo para a promoção da sanidade respiratória das aves | Palestrante: Dr. Felipe Pelicioni

10h às 10h30 – Sanidade: Problemas entéricos na avicultura moderna | Palestrante: Dr. José Di Fábio

10h30 às 11h – Uso de enzimas para otimizar o custo e aproveitamento das rações em avicultura | Palestrante: Dr. Juan Hilário de Araújo Ruiz

AveConference Day
20 de setembro de 2013, sexta-feira
A partir das 09h

via Renata Cunha | Safeway

Curso de quitandas e doces permite troca de conhecimento entre agricultores mineiros

Cerca de 25 trabalhadores do assentamento Formosa Urupuca, em São José da Safira (MG), receberam um curso de quitandas e doces, na segunda semana deste mês, para terem mais uma alternativa para geração de renda.

O curso foi organizado pelo Centro Agroecológico Tamanduá (CAT), contratado pelo Incra/MG para prestar assistência técnica a 263 famílias de seis assentamentos mineiros.

Tanto o módulo de produção de quitandas, quanto o de doces foi coordenado por agricultoras familiares da região que já produzem para a venda em feiras, para o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) e Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE).

“A perspectiva é que os assentados possam aprender a trabalhar em grupo para terem um acréscimo na renda mensal e na qualidade de vida”, vislumbra Divina Silva, da associação da Comunidade Paiol, de Frei Inocêncio (MG), coordenadora do módulo de Quitandas.

O contato entre quem já produz com quem está aprendendo possibilita a troca de conhecimentos para aprimorar o trabalho. “O foco dessa oficina foi proporcionar a troca de experiência entre agricultoras de diferentes realidades na produção de quitandas e doces, o que pode conferir melhoria na renda, na autoestima e na qualidade de vida das famílias assentadas do Formosa Urupuca. Além disso, a oficina buscou motivar esse grupo, principalmente as mulheres, a trabalharem a organização coletiva da produção”, reitera Carolina Costa, técnica do CAT.

Durante a capacitação foram ensinadas receitas de pães, biscoitos, rosquinhas, doces de leite, abóbora, mamão com coco, cocada e abacaxi com coco.

via Daniel Fleming | Comunicação Incra/MG

Encontro de tecnologia para citricultura em Bebedouro

FMC e FARMatac realizam hoje primeiro encontro de Difusão de Tecnologia para citricultura no Brasil

 Especialistas internacionais, Timothy Gast (Southern Garden- Florida) e Fritz Roka (Universidade da Flórida), abordam custos de produção e avanços no manejo e perspectivas sobre o controle da doença Greening

Com o objetivo de debater informações técnicas e de ponta, a FMC e a FARMatac realizam  hoje
 (19), na Estação Experimental de Bebedouro (SP), o primeiro encontro de Difusão de Tecnologia para Citricultura, um marco para essa cultura no Brasil. Serão debatidos temas de grande impacto para os produtores, como o status de transgenia da citricultura para o controle da doença Greening (esverdeamento) ou amarelão. Produtores, agrônomos, departamentos técnicos dos grandes citricultores de São Paulo e o Grupo Técnico de Consultores de Citrus (GTACC) contarão com apresentações e debaterão os assuntos abordados. 

Especialistas internacionais marcam presença e levam suas experiências para os participantes. Às 10h15, Fritz M. Roka, da Universidade da Flórida – Immokalee, explicará o “Custos de produção da Florida com ênfase em colheita mecanizada”. Já o tema “Avanços no manejo de Greening e perspectivas futuras com relação a greening” será debatido por Timothy Gast, da Southern Gardens – Florida, maior fornecedora do mundo de suco de laranjas para indústrias. Outros assuntos como “Conhecimentos do controle da lagarta do Citros”, será abordado pelo engenheiro agrônomo da FMC, José Luis Silva e a “Atualização sobre pesquisas de controle de Greening”, por Danilo Franco, da FARMatac. 

O supervisor comercial de Citrus da FMC, Weber Marti, destaca a importância desse encontro. “Diante de todas as incertezas provocadas pela crise na citricultura, a presença desses especialistas internacionais trará benefícios para que os produtores entendam que estamos no caminho certo e com a melhor citricultura industrial do mundo. A FMC e a FARMatac transmitirão novos conhecimentos  do mercado internacional e os participantes sairão do evento com novos conceitos e rumos para aumentarem sua produtividade no campo. Queremos continuar investindo em novas tecnologias e soluções para nossos clientes, principalmente nesta cultura”, destaca Marti. 

Programação / Agenda
Data: 19/09/2013

Local: Estação Experimental de Bebedouro – Rodovia Brigadeiro Faria Lima, km 384 – Bebedouro/SP 

08:00 – Café da manhã

08:30 – 09:00 – Abertura FARMatac

09:00 – 10:00 – “Conhecimentos dos o controle da lagarta do Citros” – Jose Luis Silva (FMC)

10:00 – 10:15 – Coffee Break

10:15 – 11:15 - “Custos de produção da Florida com ênfase em colheita mecanizada” – Fritz M. Roka (Universidade da Florida – Immokalee)

11:15 – 12:00 – Troca de conhecimento.

12:00 – 13:30 – Almoço 

13:30 – 14:30 – “Atualização sobre pesquisas de controle de Greening” – Danilo Franco (FARMatac).

14:30 – 15:30 -  “Avanços no manejo de Greening e perspectivas futuras com relação a greening” – Tim Gast (Southern Gardens - Florida)

15:30 – 16:30 – Troca de conhecimentos.

16:30 – 16:45 – Fechamento do evento.


Thaís Frausto | Alfapress

sexta-feira, 2 de agosto de 2013

Softwares gratuitos avaliam estado nutricional de culturas

Projeto é resultado de parceria entre a Unesp e a Université Laval. Graças a dois softwares desenvolvidos em parceria com a Université Laval, do Canadá, a Unesp passa a oferecer um novo serviço em seu Portal. Trata-se de uma maneira eficaz de avaliar o estado nutricional das culturas a partir da análise química de tecido vegetal.

Isso é conseguido por meio dos programas CND-Goiaba e CND-Manga. Eles utilizam o conceito CND (do inglês, Compositional Nutrient Diagnosis), ou seja, Diagnose da Composição Nutricional, e estão disponíveis em :

Para facilitar a execução dos cálculos matemáticos e a interpretação dos resultados, foram elaborados os programas CND-Goiaba e CND-Manga, que receberam auxílio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), que poderão ser utilizados para ambas as frutíferas.

O conceito CND expressa a composição mineral dos tecidos vegetais na forma de teor de nutrientes ou valores relativos, que é a informação numérica básica para estabelecer o diagnóstico do estado nutricional das plantas. “O método emprega a análise composicional e a análise de componentes principais dos dados, tendo, pois, potencial mais elevado para melhorar a sensibilidade do diagnóstico da cultura em estudo”, explica Danilo Eduardo Rozane, professor da Unesp de Registro e um dos responsáveis pelo desenvolvimento do projeto.

Rozane informa que a atividade agrícola, sob um mercado globalizado e competitivo exige, para a efetiva permanência do empresário agrícola no campo, a utilização de todas as ferramentas disponíveis à obtenção de colheitas compensadoras, com redução de custos, riscos de contaminação do ambiente e com qualidade do produto colhido.

Para atingir esses objetivos, segundo o professor, é necessário que se conheçam os fatores que limitam o desenvolvimento e a produtividade das plantas. Nesse contexto, o conhecimento dos fatores nutricionais que estão limitando a produtividade, obtido através da diagnose foliar das plantas, permite o estabelecimento de programas racionais de adubação, prática agrícola que representa um significativo percentual dos custos de produção.

Rozane comenta ainda que numerosos experimentos de fertilização têm sido conduzidos em diversos agroecossistemas, a fim de estabelecer as doses ótimas de nutrientes à serem aplicados nas culturas, empregando-se a análise de solo.

Assim, explica o professor da Unesp, quando se efetua a recomendação de adubação em uma dada situação, considera-se que os demais fatores responsáveis pela produtividade estejam presentes em níveis suficientes e não-excessivos. Entretanto, como as relações entre os diversos componentes de um agroecosistema são complexas, em particular as interações entre o solo e a planta, a hipótese de que todos os fatores nutritivos se tornem não-limitantes após a fertilização, pode revelar-se muito otimista.

Nas páginas www.unesp.br e www.registro.unesp.br há banners que levam aos softwares. Os dois pedidos de registro de programas de computador são assim identificados:

UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA "JÚLIO DE MESQUITA FILHO" - Faculdade de Ciências Agrárias do Vale do Ribeira (Registro, SP); UNIVERSITÉ LAVAL LAVAL (Ville de Québec, Canadá). Danilo Eduardo Rozane; William Natale; Leon-Etienne Parent; Serge-Étienne Parent; Eduardo Maciel Haitzmann dos Santos. CND-Manga. BR5120130003806. 18 abr. 2013.

UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA "JÚLIO DE MESQUITA FILHO", Faculdade de Ciências Agrárias do Vale do Ribeira (Registro, SP); UNIVERSITÉ LAVAL (Ville de Québec, Canadá). Danilo Eduardo Rozane; William Natale; Leon-Etienne Parent; Serge-Étienne Parent; Eduardo Maciel Haitzmann dos Santos. CND-Goiaba. BR5120130003792. 18 abr. 2013.

via Comunicação / Unesp

domingo, 28 de julho de 2013

Embrapa fortalece as ações de quarentena de plantas no Brasil

Objetivo é tornar mais eficiente a detecção de pragas e contribuir para a segurança da agricultura brasileira.
 
O crescimento constante do fluxo de turistas e do comércio mundial aumenta os riscos da entrada de novas pragas no Brasil. Para se ter uma idéia dos prejuízos que a introdução de uma praga pode causar à agricultura e à economia brasileira, basta avaliar o exemplo de uma lagarta recém-introduzida no país: a Helicoverpa armigera, que surgiu nesta safra de 2013, e já causou prejuízos superiores a R$ 2 bilhões, principalmente em lavouras de soja e algodão. Não se sabe ao certo como ela entrou no Brasil, a hipótese mais provável é que tenha sido em flores ou plantas ornamentais. Mas o fato é que a praga agora está aqui e pode causar danos a mais de 30 culturas, incluindo: soja, laranja, algodão, quiabo, cebola, melão, morango, batata doce, alface, tomate, maçã, feijão, batata e milho, entre outras.

Para enfrentar os prejuízos ocasionados por essa e outras pragas, que dizimaram lavouras brasileiras em um passado recente, como o bicudo do algodoeiro e a ferrugem da soja, são gastos bilhões e bilhões de reais em produtos químicos e, na maioria das vezes, os danos são irreversíveis, levando milhares de produtores à falência. Por isso, o ideal é investir na prevenção para evitar que pragas exóticas – que não ocorrem no Brasil – entrem e causem estragos aos cofres nacionais e coloquem em risco a segurança alimentar.

Essa prevenção tem nome: chama-se quarentena vegetal e  conta com a participação efetiva da Embrapa – Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária – há quatro décadas. Desde a sua criação em 1973, a Embrapa desenvolve procedimentos de importação e quarentena dos materiais genéticos vegetais destinados aos programas de melhoramento do Sistema Nacional de Pesquisa Agropecuária (SNPA) por delegação do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA).

85% das plantas que chegam para fins de pesquisa estão contaminadas
Segundo a pesquisadora Abi Marques, que trabalha na quarentena vegetal há mais de 20 anos, cerca de 85% das plantas que chegam ao país para fins de pesquisa estão contaminadas com pragas. Ela explica que a quarentena é parte do procedimento de “exclusão” de uma ação de controle, ou seja, cumpre a tentativa de manter as pragas fora de determinada área onde não ocorrem. “A exclusão é, tecnicamente, a melhor opção para evitar a disseminação de pragas”, explica Marques.

Para isso, a Embrapa mantém, em uma de suas 47 unidades de pesquisa, a Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia, em Brasília, DF, uma Estação Quarentenária que analisa a condição sanitária do material vegetal de pesquisa que entra no Brasil. Ao longo dos 40 anos de atuação da Empresa, cerca de 80 pragas que não existem no Brasil foram detectadas e eliminadas no ponto de entrada, em decorrência da atividade quarentenária da Embrapa. Levando em consideração que os prejuízos causados pela entrada de uma praga em apenas uma safra podem chegar a R$ 2 bilhões, dá para calcular o quanto as atividades de quarentena realizadas pela Embrapa já representaram em termos de economia para os cofres brasileiros.

O processo de quarentena prevê a análise das plantas por técnicas integradas para o diagnóstico do seu estado fitossanitário (ou seja, se estão saudáveis ou não). Visa detectar a presença de plantas infestantes e parasitas, insetos, ácaros, vírus, viróides, fitoplasmas, fungos, bactérias e nematóides, prioritariamente daquelas que constam das listas de pragas quarentenárias ausentes (A1) e de pragas quarentenárias presentes (A2) para o Brasil, definidas em Instrução Normativa do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA).

As pragas constantes da lista A1 são exóticas, ou seja, nunca foram relatadas no Brasil. As pragas da lista A2 estão presentes em áreas delimitadas e sob controle oficial. Se forem identificadas contaminações dessa natureza no material, ele é incinerado ou enviado de volta ao país de origem.
 
Mapeamento de pragas quarentenárias aponta 10 espécies como ameaças iminentes às lavouras brasileiras
 
As ações de quarentena desenvolvidas pela Embrapa envolvem o acompanhamento constante das pragas quarentenárias. Um mapeamento recente, realizado em parceria com a SBDA – Sociedade Brasileira de Defesa Agropecuária, identificou 10 novas pragas com reais possibilidades de entrar no Brasil. O estudo levou em consideração a proximidade geográfica de ocorrência das pragas e a importância econômica das culturas agrícolas que podem ser infectadas. São elas: pulgão da soja; mosca-branca “raça Q”; necrose letal do milho; monilíase do cacaueiro; amarelecimento letal do coqueiro; Striga; ferrugem do trigo; mosaico africano da mandioca; ácaro chileno das fruteiras e Xanthomonas do arroz.

Mas, de acordo com o pesquisador da Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia, Marcelo Lopes da Silva, que participou do mapeamento, esse número é, na verdade, muito maior. “As dez apontadas pelo estudo são as de risco iminente, mas há cerca de 600 pragas quarentenárias ameaçando as lavouras brasileiras”, ressalta.
 
Para enfrentar esses desafios, a Embrapa criou uma nova unidade exclusivamente voltada à quarentena de plantas. O objetivo é modernizar a análise das sementes e outros materiais de propagação que são introduzidos no país ou intercambiados com outras instituições de pesquisa.

A nova Unidade, denominada Embrapa Quarentena Vegetal, está sendo gerenciada pela pesquisadora Abi Marques, e funciona por enquanto dentro da Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia, até que as novas instalações estejam prontas.

A sede da Embrapa Quarentena Vegetal, também localizada em Brasília (na área onde hoje está localizada a Fundação Casa do Cerrado, ao lado da Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia) terá uma área de aproximadamente 2.200 m², além de 1.400 m² para quarentenários, que são casas de vegetação com características especiais, nas quais plântulas, mudas, estacas, etc. ficam em observação até poderem ser liberadas.

Na parte edificada, serão construídos laboratórios que abrigarão oito especialidades (fungos, vírus, bactérias, nematóides, insetos, ácaros, plantas infestantes e cultura de tecidos), nos quais o material vegetal em trânsito será examinado para verificar se está contaminado com organismos nocivos à agricultura brasileira. Aí também estão incluídos espaços para a parte administrativa da Unidade, assim como espaços adequados para a operacionalização e gestão documental do intercâmbio de espécies vegetais.

A pesquisadora enfatiza que o novo prédio, que já começou a ser construído, tem uma concepção prioritariamente funcional. “O prédio foi planejado para atender ao fluxo de material e amostras, ou seja, começa por salas de recebimento, documentação e registro, inspeção, contagem e separação de amostras. Depois, as amostras passam pelos laboratórios e, ao final de todo o processo, as sementes ou outros materiais de propagação, isentos de contaminação ou já tratados são embalados para serem remetidos ao solicitante”, explica Marques.

Dessa forma, as sementes que estão sendo examinadas e as que já estão liberadas não ficarão no mesmo espaço. Esse procedimento atende não somente às normas para instalações quarentenárias, como às Normas do Sistema de Qualidade adotado pela Embrapa para os laboratórios que emitem laudos de análise. “É a forma atendendo à função”, complementa a gerente-geral da nova Unidade.
   
via Rosângela Evangelista da Silva | Secom/Embrapa

Embrapa recomenda adoção de ações emergenciais contra a mais nova praga das lavouras de milho

Fabiano Bastos / Embrapa
A identificação de uma nova espécie de praga nas lavouras de milho no Brasil mobilizou um grupo de pesquisadores da Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária) a criarem ações emergenciais para controle da Helicoverpa armigera, muito próxima de uma espécie mais comum e já conhecida pela maioria dos agricultores, a lagarta-da-espiga, ou Helicoverpa zea. As ocorrências de maior severidade foram registradas no Oeste da Bahia, causando perdas elevadas na produtividade, mesmo com a aplicação de inseticidas químicos.

Segundo o pesquisador Ivan Cruz, do Núcleo de Pesquisa em Fitossanidade da Embrapa Milho e Sorgo (Sete Lagoas-MG), as diferenças entre as duas espécies são muito sutis. “Não são facilmente separadas visualmente. As diferenças estão na genitália das duas espécies”, diz. De acordo com ele, a Helicoverpa armigera é muito severa em países da Ásia, África e Austrália e tem como hospedeiros as seguintes culturas: milho, soja, algodão, sorgo granífero, painço, girassol, cereais de inverno (trigo, aveia, cevada e triticale), linhaça, grão-de-bico, feijão e culturas hortícolas, como cerejas, tomate, pepino e frutas cítricas.

Cruz reforça que o que torna a praga importante e severa é o fato de possuir alta mobilidade, polifagia e alta taxa de reprodução. “Um problema agravante ao manejo da praga tem sido também o desenvolvimento da resistência aos inseticidas, fato já documentado na literatura, especialmente em relação a piretroides sintéticos, embora já haja registro de resistência a outros grupos de compostos, como carbamatos e organofosforados”, explica o pesquisador.

Os ovos da Helicoverpa armigera são geralmente postos sobre o “cabelo” do milho, assim como a espécie H. zea. “Ao eclodir, as larvas consomem os grãos em desenvolvimento e, além desse dano direto, são comuns as infecções bacterianas secundárias”, alerta Cruz. De acordo com o pesquisador, as larvas também podem se alimentar das folhas do cartucho, das folhas mais desenvolvidas na planta e do pendão.

Uma das características que tornam essa lagarta ainda mais severa é seu ciclo de vida, que é em torno de um mês, o que permite a existência de várias gerações anuais e contínuas, especialmente nas áreas mais quentes. Ivan Cruz explica que ocorrem seis estágios larvais e a larva pode chegar a até 40 mm de comprimento quando completamente desenvolvida. A pupa é marrom escura e tem entre 14 mm e 18 mm de comprimento, com superfície lisa, arredondada, tanto anterior como posteriormente, com dois espinhos paralelos na ponta posterior.

Pesquisadores apostam no controle biológico
Segundo o pesquisador Fernando Hercos Valicente, do Núcleo de Biologia Aplicada da Embrapa Milho e Sorgo, estão sendo identificados genes promissores de Bt que possam ter eficiência comprovada contra a Helicoverpa armigera. “Estamos iniciando os testes e podemos ter algum sucesso no controle da praga”, antecipa. Segundo ele, a próxima etapa é a multiplicação dos agentes por biofábricas, primeiro em escala piloto, fase que deve ser feita por atores que tenham interesse na tecnologia desenvolvida pela Embrapa.

Ivan Cruz reforça que o principal agente de controle biológico, para liberação em nível de campo, para o controle de ovos de diversas espécies de Lepidoptera são as vespinhas do grupo Trichogramma, um inseto diminuto, porém com alta eficiência no controle das pragas. “A liberação desse agente de controle biológico deve estar associada com armadilha contendo feromônio sexual que, ao ser utilizado no campo, serve para detectar a chegada da mariposa na área-alvo e indicar a época de liberação. A armadilha, bem como o feromônio sexual, já está disponível no mercado internacional”, explica o pesquisador.

O pesquisador da Embrapa Milho e Sorgo destaca que o correto manejo das pragas de milho deve considerar necessariamente a possibilidade de liberação do Trichogramma, tanto para o controle da lagarta-do-cartucho como para o controle do complexo de Helicoverpa (zea e armigera). “O alto índice de parasitismo natural de ovos da lagarta-da-espiga indica a adaptação da espécie ao agroecossistema milho e a real possibilidade de uso também para o controle da nova espécie, H. armigera”, relata. “Na realidade, muito se tem pesquisado no Brasil mostrando a importância dos agentes de controle biológico das diferentes espécies de insetos fitófagos associados ao milho. Tanto em áreas de produção onde se utiliza o milho convencional, como em áreas onde há utilização de milho Bt, a importância de insetos (parasitoides e predadores) e de microrganismos como tática essencial no manejo integrado não pode e nem deve ser negligenciada”, conclui.

Documentos e Informações na Internet
A Embrapa disponibilizou, em seu portal, o serviço Alerta à Helicoverpa, com informações técnicas sobre a nova praga e medidas de controle. A Embrapa Milho e Sorgo também criou, na primeira semana de abril, o hotsite “mipmilho”, com ações relacionadas ao Manejo Integrado de Pragas.

Segundo o pesquisador Ivan Cruz, a introdução de uma nova espécie de praga no sistema agrícola brasileiro mostra a importância de se ter rotineiramente o manejo integrado como princípio fundamental, de tal modo que o produtor possa rapidamente aplicar medidas que também sejam eficientes, econômicas e ambientalmente adequadas para reduzir a população da nova praga a níveis não econômicos.

“Obviamente, as demais espécies de insetos fitófagos não devem ser negligenciadas por conta do aparecimento de novas pragas. Todo o conhecimento gerado pelas instituições de pesquisa deve ser normalmente entendido e utilizado para reduzir a probabilidade de haver prejuízos aos produtores e à sociedade como um todo”, afirma o pesquisador.

por Guilherme Viana / Embrapa Milho e Sorgo 
via Juliana Miura | Secom Embrapa

Ativista indiana é um dos destaques de Encontro de Agroecologia

Vandana Shiva estará em Botucatu para evento intenacional. A manutenção das famílias no campo, produzindo alimentos, gerando emprego e renda e contribuindo para a diminuição do êxodo rural, são alguns dos objetivos da Agroecologia, campo da ciência que utiliza técnicas de base ecológica, unindo o conhecimento científico ao saber popular, para a produção sustentável e a promoção de mais justiça no campo.

Algumas das principais questões da área serão debatidas no III Encontro Internacional de Agroecologia (EIA), que será realizado em Botucatu/SP, entre os dias 31 de julho e 3 de agosto de 2013.

Dentre os palestrantes do evento está a indiana Vandana Shiva, figura de destaque no movimento anti-globalização e consultora para questões ambientais da Third World Network.

Shiva é física, ecofeminista e ativista ambiental. Na década de 1970, participou do movimento Mulheres de Chipko, formado por mulheres que adotaram a tática de se amarrar às árvores para impedir a derrubada e o despejo de lixo atômico naquela região. Foi uma das líderes do International Forum on Globalization, e recebeu o Right Livelihood Award em 1993, considerado uma versão alternativa do Prêmio Nobel da Paz.

É diretora da Research Foundation for Science, Technology, and Ecology, em Nova Déli, segundo ela "um nome muito longo para um objetivo muito humilde, que é o de colocar a pesquisa efetivamente a serviço dos movimentos populares e rurais, e não apenas fazer de conta que estamos ajudando-os".

Shiva é autora de inúmeros livros, entre os quais The Violence of the Green Revolution (1992), Stolen Harvest: The Hijacking of the Global Food Supply (2000), Biopirataria: a pilhagem da natureza e do conhecimento (Vozes, 2001), Understanding Intellectual Property Rights (2002), Monoculturas da mente (Global, 2004), Guerras por água (Radical Livros, 2006).

Entre suas atividades mais recentes, incluem-se iniciativas de ampla divulgação para a preservação das florestas da Índia, a luta em favor das sementes como patrimônio da humanidade e programas sobre biodiversidade dirigidos a diferentes coletividades, além de pesquisas para o desenvolvimento de uma nova estrutura legal para os direitos de propriedade coletivos, como alternativa para os sistemas de direitos de propriedade intelectual atualmente em vigor.

Também participam do evento palestrantes renomados internacionalmente como: Miguel Altieri, pesquisador da Universidade de Berkeley/Califórnia e coordenador da Sociedade Científica Latinoamericana de Agroecologia; Eduardo Sevilla Guzmán, catedrático do Instituto de Sociologia e Estudos Campesinos da Universidade de Córdoba; Victor Manuel Toledo, pesquisador reconhecido no debate mundial sobre agrobiodiversidade e conhecimento popular.

Dentre os participantes brasileiros está Francisco Roberto Caporal, professor doutor da Universidade Federal Rural do Pernambuco, reconhecido internacionalmente pela sua influência no grupo idealizador da nova Política Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural do Brasil - PNATER.

O III Encontro Internacional de Agroecologia é uma realização da Faculdade de Ciências Agronômicas (FCA) da Unesp, câmpus de Botucatu, Fundação de Estudos e Pesquisas Agrícolas e Florestais Fepaf) e Instituto Giramundo Mutuando.

Inscrições, programação completa e mais informações no site www.eia2013.org

via Comunicação UNESP

Novo instrumento de governo e tecnologias avançadas de irrigação

Novo instrumento de governo e tecnologias avançadas de irrigação aumentam a produtividade do café brasileiro. IBGE apontou a safra de grãos 0,3% maior do que a estimada para maio.

A nova Política Nacional de Irrigação (Lei  12.787/2013), aprovada em janeiro deste ano pelo Congresso Nacional, já rendeu avanços para o setor da irrigação. Tais possibilidades contribuíram com a previsão divulgada no início deste mês pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que apontou a safra de grãos 0,3% maior do que a estimada para o mês de maio. Coordenada pelo Ministério da Integração Nacional, a lei representa a retomada do planejamento da atividade no setor produtivo irrigado. 

De acordo com os dados do Instituto, a produção nacional de grãos de café foi de 759.796 toneladas (12,7 milhões de sacas - de 60 kg), 3,4% maior que a produção prevista para maio. O resultado foi atribuído às condições climáticas, aos tratos culturais adequados e à irrigação. Segundo o IBGE, nem mesmo os problemas enfrentados pelo período, como as temperaturas excessivas e a estiagem do começo deste ano, interferiram nos números positivos.  

“Com a irrigação passamos a ter o controle que não teríamos que é a do acesso da planta à água, à chuva ou ao sol. Passamos a ter um domínio de risco na produção e a tecnologia de ponta utilizada na irrigação transforma essa possibilidade”, explica o secretario Nacional de Irrigação do Ministério da Integração Nacional, Miguel Ivan.  
Lavouras mantidas com irrigação
O uso de técnica de irrigação contribuiu para o aumento significativo da produtividade do café no oeste da Bahia. A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) apresentou um pacote tecnológico e orientou os fazendeiros baianos para um novo manejo, o que gerou um incremento na rentabilidade dos cafezais em aproximadamente 25%. Hoje, na região, 37 fazendas colhem 470 mil sacas por ano.

O ponto chave é uma nova maneira de manejar a irrigação. A técnica é conhecida como estresse hídrico ou stress hídrico. “A tecnologia do estresse hídrico, tem transformado a produtividade do café. Tanto na maior geração de renda para o produtor como na garantia de um café de maior qualidade”, afirma Miguel Ivan.

Segundo o pesquisador na área de irrigação e recursos hídricos da Embrapa, Lineu Rodrigues, não existe o melhor método de irrigação. “Na irrigação, se bem executada, pode-se obter com certa facilidade eficiências da ordem de 90%”, garante. No entanto, agricultura irrigada não pode ser aplicada em qualquer lugar. Apenas para àqueles lugares onde ela pode levar melhor a locação eficiente da produção agrícola. “O importante é que a irrigação seja bem feita, analisando-se a viabilidade técnica e econômica do projeto e também o seus benefícios sociais”, destaca.

O pesquisador ressaltou ainda que para cada técnica de irrigação existem diferentes tipos de sistemas. Os métodos são a forma pela qual se aplica a água nas culturas e podem ser classificados em: superfície, aspersão, localizada e subirrigação. “A existência de um grande número de sistemas se deve ao fato de se estar sempre buscando aumentar a eficiência de irrigação e a necessidade de adequação à variação do tipo de solo, características climáticas, cultura, suprimento de água, disponibilidade de energia e condições socioeconômicas e ambientais”, afirma.  

Para Miguel Ivan, irrigação é sinônimo de desenvolvimento regional e contribui para o meio ambiente. Com a irrigação desmata-se menos, desloca os recursos de forma mais eficiente para a produção, gerando mais renda. “Irrigação não é sobre produto é sobre pessoas. Pessoas que querem gerar renda, que moram distante, pessoas que precisam do alimento com qualidade e que podem comprar o alimento com custo menor”, ressalta.
 
via Comunicação/Ministério da Integração Nacional