quinta-feira, 23 de agosto de 2012

Workshop de café reúne cadeia produtiva para avaliar os desafios do setor


Evento aconteceu na FAEMG, em Belo Horizonte, e reuniu especialistas de diversos segmentos do café. A COOXUPÉ esteve presente no debate

Pesquisadores, especialistas, autoridades, indústria e produtores de café, entre outros players do segmento, se reuniram na última terça-feira, 21 de agosto, na sede da FAEMG em Belo Horizonte, para uma reflexão sobre as perspectivas do mercado e da produção cafeeira mineira.

Responsável pelo recebimento de cerca de 5 milhões de sacas de café através de seus 12 mil cooperados, localizados no Sul de Minas Gerias, Cerrado Mineiro e Vale do Rio Pardo, a COOXUPÉ marcou presença no evento através do presidente da entidade, Carlos Alberto Paulino da Costa.

Com nove painéis e um debate entre todos os participantes, o Workshop levantou temas importantes para a cafeicultura do Estado, como a necessidade de investimento em geoprocessamento e em tecnologias para a cafeicultura de montanha – mais cara em relação à cultura do grão nas áreas planas, que possuem maquinário específico.

Outro ponto avaliado foi a necessidade de união de toda a cadeia produtiva para cobrar do governo políticas e ações fundamentais e comuns, como recursos para renovação de cafezais e parque industrial, agregação de valor, regulamentação do setor, redução de impostos e burocracia, combate à sobretaxação externa e investimentos em infraestrutura e logística. De acordo com o presidente das Comissões Técnicas de Café da FAEMG e CNA, Breno Mesquita, uma pauta comum é fundamental no atual momento. “Temos uma nova fonte de recursos, o Fecafé (Fundo Estadual do Café), que está em fase de regulamentação. Obviamente, as demandas apoiadas por toda a cadeia receberão mais atenção do governo”, comenta.

As discussões também mostraram que os investimentos em qualidade e produtividade, realizados na última década, abriram caminho para agregar valor ao produto nacional. Os dados apresentados pela diretora executiva da Associação Brasileira de Cafés Especiais (BSCA – sigla em inglês), Vanúsia Nogueira, comprovam que aplicação de recursos em certificação e marketing é um dos caminhos para aumentar a remuneração de produtores. No primeiro quadrimestre deste ano, 27% das exportações do setor foram de cafés diferenciados, o que representou 32% dos recursos obtidos em vendas externas.

via Phábrica de Ideias